sábado, 22 de novembro de 2014

É normal!



Muitas vezes escuto, em conversas, a resposta 'ahhh, mas isso é normal'


 ...é normal não escutar com atenção, cortar o outro e falar em cima...

...é normal uma mãe hoje em dia trabalhar e deixar o filho pequeno na creche o dia todo...

...É normal não ter tempo para os amigos...

...é normal, na fase da paquera, responder uma mensagem 3 dias depois... É normal dar o espaço de uma semana antes de se ver de novo, mesmo que estejam com vontade de se ver antes...

...é normal ter coleta de lixo só 3 vezes por semana.... É normal não ter coleta de lixo seletivo naquele bairro...

...é normal um casal se dar uma atenção com menos qualidade a medida que o relacionamento vai se estendendo... É normal ir ficando acomodado...

...é normal um adolescente ser malcriado...

O normal é o que estamos acostumados a fazer, ver, ouvir. O normal é o hábito, o costume, o que sempre se fez naquela família, naquele bairro... mesmo que seja ruim, é aceito comose fosse o melhor possível, porque é normal...

No dicionário informal, uma das definições de normal é: adj. De acordo com a norma, com a regra; comum.

E eu me pergunto... 'normal' é suficiente? Só porque é o que todo mundo faz tem que ser aceito e endossado?

E se o 'normal', aquilo que nós fazemos sem pensar, for pouco? For pequeno?
E se eu quiser mais?

Algo como fazer pensando, trazer a consciência para aquilo que geralmente damos nos ombros ao fazer?

E se eu quiser ficar mais com meu filho bebê, vou bancar largar meu emprego seguro para que isso aconteça, ou vou deixar o sistema me engolir?
E se eu acreditar que reciclar lixo é muito importante, vou requisitar isso no meu bairro até conseguir, e enquanto isso vou levar meu lixo até onde se recicle, ou vou me acomodar?
E se eu quiser um relacionamento 'fora do normal' vou bancar isso nas minhas atitudes mesmo que meu companheiro não esteja disposto a fazer o mesmo, ou vou amuar e desistir?


Estamos acostumados então ao pouco e ao pequeno... e fica assim mesmo?

Mesmo?






#nemmorta
:/



«Temos que nos tornar a mudança que queremos ver»
(Mahatma Gandhi)



«Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de autoestima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e  sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu “normal” e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.
Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.»

Martha Medeiros



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