sexta-feira, 24 de maio de 2013

Tradução do meu momento...

 
 
 
 
"Faxina -

Estava precisando fazer uma faxina em mim...
Jogar fora alguns pensamentos indesejados,
Tirar o pó de uns sonhos,
... lavar alguns desejos que estavam enferrujando...
Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.
Joguei fora ilusões, papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei...
Joguei fora a raiva e o rancor nas flores murchas
Guardadas num livro que não li.
Peguei meus sorrisos futuros e alegrias pretendidas e as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas.
Fiquei sem paciência! Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão:
paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de uma amiga sem gratidão, lembranças de um dia triste...
Mas lá havia outras coisas... belas!!!
Uma lua cor de prata... os abraços...
aquela gargalhada no cinema, o primeiro beijo...
o pôr do sol... uma noite de amor .
Encantada e me distraindo, fiquei olhando aquelas lembranças.
Sentei no chão,
Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou.
Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima -
pois quase não as uso - e também joguei fora!
Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que
fazer, se as esqueço ou se vão pro lixo.
Revirei aquela gaveta onde se guarda tudo de importante: amor, alegria, sorrisos, fé…..
Como foi bom!!!
Recolhi com carinho o amor encontrado,
dobrei direitinho os desejos,
perfumei na esperança,
passei um paninho nas minhas metas
e deixei-as à mostra.
Coloquei nas gavetas de baixo lembranças da infância;
em cima, as de minha juventude, e...
pendurado bem à minha frente,
coloquei a minha capacidade de amar... e de recomeçar..."

Martha Medeiros
 
 
 
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terça-feira, 14 de maio de 2013

Conto... parte 1







Ele reclamava. O tempo todo.

Era daquelas coisas que já haviam virado hábito... A primeira e a última coisa que fazia todo dia.  A respeito de qualquer assunto, afinal tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, a especialidade dele era achar o ruim e destrincha-lo minuciosamente  em detalhes inteligentes e argumentos irrefutáveis. Ninguém ganhava dele em uma discussão. Havia treinado exaustivamente a retórica.

Poderia ter sido um grande homem. Tinha estofo para tanto. Possuia uma combinação de racionalidade e emoção raras de encontrar. Raras... Era mesmo um homem raro. Inusitado. Cheio de surpresas e profundidades inesperadas. E de fugas. Fugas de si mesmo seriam? É provável... não deve ser muito fácil ter tantas complexidades em si... Saber quando deve usar qual opção emocional, e quando deve ser só racional...

Ela. Ela estava sempre de bom humor. Extrapolava, se é que me entendem. Era boba. Boba de amor, ou talvez boba de falta de amor... Dependendo do ângulo que se olhasse, podia ser qualquer uma das duas coisas. Ocupada, atrapalhada, fazia dele sua esperança secreta... Sua válvula de escape. O lugar onde podia mentir pra si mesma em relativa segurança...

Na sua própria pobre concepção era uma grande mulher. Conseguia sobreviver com certa paz de espírito, encontrando prazeres em pequenas coisas e  não se permitindo sonhar muito alto. É mais fácil alcançar sua meta quando colocamos essa meta logo ali na frente... Mas se auto enganava só parcialmente: tinha mais consciência do que gostaria. E à medida que o tempo passava ficava cada vez mais difícil não enxergar.

Eles não se conheciam realmente. Cada um colocava no outro mais expectativa do que poderia sobreviver à realidade. Mas haviam feio um acordo mútuo e mudo de se apoiarem nas fantasias e servirem de telas para irrealidades. Um contrato cheio de 'finjo que acredito'.

Não me entendam mal. Não eram pessoas vistas como doentes. Suas vidas eram perfeitamente aceitáveis socialmente. Na maioria do tempo saiam quando deviam sair, demonstravam pesar adequadamente, cuidavam dos seus deveres razoavelmente.

Só destoava porque ele reclamava. E ela sorria demais.



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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Nem digo nadica 2








Ziba,:

(com voz de bebê, alisando o note fechado)

- Ahhhh tadiiinho, tá sozinho, preciiisa ser ligado....


:p

sábado, 11 de maio de 2013

Nem digo nadica....







Tita:

-AAAAAAAAAAA, às vezes fico tão irritada com os meninos, mas tão irritada, que  o diabo fica parecendo conto de fadas!



#medooooooo

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Outro dele



Vou colocar outro texto dele, porque esse foi bom demais (carapuça vestida até o queixo!! kkk)



[...Acho que por trás das relações duradouras o que existe é um cenário totalmente contrário ao dessas crises. Por falta de um nome, vamos chamar esse fenômeno de compreensão profunda. Ela acontece nos casais montados sobre uma base de entendimento não racional. Não é apenas atração que os liga, não é apenas desejo. Muito menos são as concordâncias ideológicas ou intelectuais. Ocorre entre eles uma conexão silenciosa de personalidades que produz ao mesmo tempo conforto e intensidade. Aquilo que a gente chama de amor talvez seja apenas esse encontro fortuito de subjetividades...]


http://revistaepoca.globo.com//Sociedade/ivan-martins/noticia/2013/05/o-mar-de-emocoes.html


#QUERO O LIVRO DESSE CARA DE DIA DAS MÃEEEESSSS!! (acho que vou me dar de presente... hehehe)



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segunda-feira, 6 de maio de 2013






 
 
 
 
 
 
(Vale a pena visitar a página dela...)
 
 
 
 
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Andei aprendendo...







... que é preciso cuidar de um relacionamento. Parece óbvio, né? Pois eu sabia disso só com a mente. Agora realmente entendi que se eu quiser que uma coisa funcione, eu realmente tenho que focar no resultado. Modificar comportamentos meus. Aqueles comportamentos destrutivos e repetitivos.

Aprendi que os primeiros dias de um relacionamento exigem uma boa dose de desatenção saudável. Essa desatenção vai criar uma ordem de espaço que permite que ele cresça depois.

Que não se pode ir confessionando  muitas intimidades logo de cara. Intimidade não brota simplesmente. Exige tempo, e é preciso dar um tempo cuidadoso para que ela cresça. Por mais que tenhamos empatia com uma pessoa, a intimidade precisa de tempo para existir de verdade.

Que intensidade demais se torna densidade. Mas quando é característica ser intensa, não dá muito pra lutar contra isso. Diluir a intensidade em várias áreas da vida tira o peso das costas do outro e permite que consigamos nos aguentar com mais facilidade.

Respiros são ótimos. E necessários. Dar respiros entre intensidades faz com que as coisas se acomodem nos devidos lugares e mantém as pessoas inteiras.

Que é preciso investir. Não só no relacionamento, mas em si mesmo também (ou não só em si mesmo mas no relacionamento também, dependendo da época da vida que estamos). Com igual energia. A gente aprende sozinho só até um determinado ponto.

Dali pra diante realmente precisamos de ajuda... Realmente precisamos de outras pessoas para sermos nós mesmos.

Aprendi que ser independente é bacana e importante. Nos ajuda a reconhecer quem somos. E que depois que a gente se conhece o suficiente, podemos e devemos nos permitir certa interdependência. Ser casal, comprometer-se a ser casal ensina um bocado de coisas que não aprenderíamos sozinhos.

Abdicar da total individualidade é difícil... Mas tem uma vozinha lá no fundo que me diz que talvez valha a pena...




Foto e texto Samanta Hilbert.

sábado, 4 de maio de 2013

19º mini-cena do cotidiano



foto by Breno feminella



Todo gato gosta de papel?

Os daqui de casa adoooram... Não só de deitar em cima... Se for folha solta, ficam brincando, cutucando, rasgando e mordendo...

Ziba olhando a Mio ( a gata bebê) rasgar um pedaço da folha que eu estava escrevendo:

- Hummmm... Daqui a pouco já vai dar pra dizer: Professora, minha gata comeu meu trabalho!

õÔ





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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Me identifiquei... hahaha

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P.S.- Andam me faltando palavras... Estou num momento muita emoção e pouca habilidade em colocá-las no papel... Então ando tomando emprestada algumas por aí... :)
 
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