quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Eu sou...


 
 
EXISTÊNCIA
 
CONSCIÊNCIA
 
FELICIDADE
 
 
 
 
 
 

Mais um dela...




A MELHOR VERSÃO DE NÓS MESMOS

"Alguns relacionamentos são produtivos e felizes. Outros são limitantes e inférteis. Infelizmente, há de ambos os tipos, e de outros que nem cabe aqui exemplificar. O cardápio é farto. Mas o que será que identifica um amor como saudável e outro como doentio? Em tese, todos os amores deveriam ser benéficos, simplesmente por serem amores. Mas não são.
E uma pista para descobrir em qual situação a gente se encontra é se perguntar que espécie de mulher e que espécie de homem a sua relação desperta em você. Qual a versão que prevalece?
A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa ma...is arrogante pode ter dentro de si um meigo. Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente. A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior.
Você convive com uma mulher tão ciumenta que manipula para encarcerar você em casa, longe do contato com amigos e familiares, transformando você num bicho do mato? Ou você descobriu através da sua esposa que as pessoas não mordem e que uma boa rede de relacionamentos alavanca a vida?
Você convive com um homem que a tira do sério e faz você virar a barraqueira que nunca foi? Ou convive com alguém de bem com a vida, fazendo com que você relaxe e seja a melhor parceira para programas divertidos?
Seu marido é tão indecente nas transações financeiras que força você a ser conivente com falcatruas?
Sua esposa é tão grosseira com os outros que você acaba pagando micos pelo simples fato de estar ao lado dela?
Seu noivo é tão calado e misterioso que transforma você numa desconfiada neurótica, do tipo que não para de xeretar o celular e fazer perguntas indiscretas?
Sua namorada é tão exibida e espalhafatosa que faz você agir como um censor, logo você que sempre foi partidário do “cada um vive como quer”?
Que reações imprevistas seu amor desperta em você?
Se somos pessoas do bem, queremos estar com alguém que não desvirtue isso, ao contrário, que possibilite que nossas qualidades fiquem ainda mais evidentes. Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames.
O amor danoso é aquele que, mesmo sendo verdadeiro, transforma você em alguém desprezível a seus próprios olhos.
Se a relação em que você se encontra não faz você gostar de si mesmo, desperta sua mesquinhez, rabugice, desconfiança e demais perfis vexatórios, alguma coisa está errada.
O amor que nos serve e nos faz evoluir é aquele que traz à tona a nossa melhor versão."
Martha Medeiros

 

..sempre pensei assim.. aliás quando me perguntam o por quê de meu casamento ter terminado, uma das versões de respostas é "porque a gente despertava o pior da gente um no outro"... Mas lógico que Martinha querida traduz com muito mais clareza...
 
 
 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Saudades de gente que a gente ama



Foto: eu e a autora.... amoooo!!!


 
Sabe aquela coisa que a gente sente quando a pessoa que a gente ama vai embora e demora para voltar? as vezes eu sinto isso e fica por um bom tempo.
Mas a gente sabe que essa pessoa vai voltar e com novidades para contar que sejam boas ou ruins... Minha vó por exemplo ela mora em São Pedro de Alcântara e quase não vem para a cidade e eu fico com uma saudade imensa dela.
Eu tento cobrir a saudade rindo com: gatos engraçados, piadas, etc ou escrevendo como agora.
Essa coisa que se chama saudade parece que nos tortura mas só faz a gente ficar perto da pessoa que ama.
A saudade daquele  bicho de estimação que já se foi e deixou um vazio no coração da uma vontade de chorar não pode te atormentar pelo resto de sua vida, eu já perdi muitos animais mas o que mais deu falta foi a Wicca mesmo assim eu não passo a noite inteira chorando na cama, eu enterrei a Wicca no quintal e tenho lembranças dela eu não esqueço dos meus animais e não esqueça dos seu também.


                                                                                     Por: Thais Philippi Feminella.
(filhota linda da mamis, com 8 anos)


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terça-feira, 27 de agosto de 2013






"NEUROSE

Tenho visto as pessoas tornarem-se frequentemente neuróticas quando se contentam com respostas erradas ou inadequadas para as questões da vida.
Elas buscam posição, casamento, reputação, sucesso externo ou dinheiro, e continuam infelizes e neuróticas mesmo depois de terem alcançado aquilo que tinham buscado.
Essas pessoas encontram-se em geral confinadas a horizontes espirituais muito limitados.
...
Sua vida não tem conteúdo ou significado suficientes.
Se tem condições para ampliar e desenvolver personalidades mais abrangentes sua neurose costuma desaparecer."

JUNG

 


domingo, 25 de agosto de 2013

Me identifiquei...




...com uma pá de coisas... Só que voltei sem nem ter ido... Mas a volta é boa mesmo assim!


"O caminho de volta

Já estou voltando. Só tenho 37 anos e já estou fazendo o caminho de volta. Até o ano passado eu ainda estava indo. Indo morar no apartamento mais alto do prédio mais alto do bairro mais nobre. Indo comprar o carro do ano, a bolsa de marca, a roupa da moda.

Claro que para isso, durante o caminho de ida, eu fazia hora extra, fazia serão, fazia dos fins de semana eternas segundas-feiras. Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe!

Mas, com quase quarenta, eu estava chegando lá. Onde mesmo? No que ninguém conseguiu responder, eu imaginei que quando chegasse lá ia ter uma placa com a palavra "fim". Antes dela, avistei a placa de "retorno" e nela mesmo dei meia volta.

Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar, mas ela é no meio do mato mesmo). É longe que só a gota serena. Longe do prédio mais alto, do bairro mais chique, do carro mais novo, da hora extra, da babá quase mãe.

 
Agora tenho menos dinheiro e mais filho. Menos marca e mais tempo. E não é que meus pais (que quando eu morava no bairro nobre me visitaram quatro vezes em quatro anos), agora vêm pra cá todo fim de semana? E meu filho anda de bicicleta, eu rego as plantas e meu marido descobriu que gosta de cozinhar (principalmente quando os ingredientes vêm da horta que ele mesmo plantou).

Por aqui, quando chove, a Internet não chega. Fico torcendo que chova, porque é quando meu filho, espontaneamente (por falta do que fazer mesmo) abre um livro e, pasmem, lê. E no que alguém diz "a internet voltou!" já é tarde demais porque o livro já está melhor que o Facebook, o Twitter e o Orkut juntos.

Aqui se chama "aldeia" e tal qual uma aldeia indígena, vira e mexe eu faço a dança da chuva, o chá com a planta, a rede de cama. No São João, assamos milho na fogueira. Aos domingos, converso com os vizinhos. Nas segundas, vou trabalhar, contando as horas para voltar.

Aí eu me lembro da placa "retorno" e acho que nela deveria ter um subtítulo que diz assim: "retorno – última chance de você salvar sua vida!" Você provavelmente ainda está indo. Não é culpa sua. É culpa do comercial que disse: "Compre um e leve dois". Nós, da banda de cá, esperamos sua visita. Porque sim, mais dia menos dia, você também vai querer fazer o caminho de volta."

Téta Barbosa 




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sábado, 24 de agosto de 2013

Pedido




foto by Thais Feminella



Eu sou distraída. Assim, nas vezes que eu lembro de usar óculos um pouco menos, mas nos dias em que não tive nem tempo de cozinhar e saio do último atendimento direto para o restaurante da esquina, eu sou distraída. Muito.

Então num dia desses entrei lá, fui direto para o buffet, com a  cabeça fervilhando ainda de trabalho, pensando em coincidências, do que eu ando sentindo ultimamente, do que é fantasia e o que pode ser realidade, e do que, se for realidade, eu posso fazer a respeito. Entrei, me servi, sentei na mesa do canto e comecei a comer sem notar nada ao meu redor...

Mas mesmo na minha abstração, algo me chamou... Algo do mundo real começou a me puxar. E quando prestei atenção e procurei ao redor o que era, me deparei com um par de olhos pretos, magnéticos, que me olhavam fixamente, sem nenhum pudor. O dono dos olhos tinha parado com a colher a meio caminho da boca, que continuava aberta, e nem piscava. Devia ter uns 4 ou 5 anos...
Os pais estavam com mais uns três adultos na mesa, e conversavam distraidamente em volta de algumas cervejas, então ninguém prestava muita atenção nele...
Bom, depois que a gente é mãe, começa (se ainda não gostava antes) a gostar de crianças, e aprende a interagir um pouco com o mundo deles. Então sorri, torcendo para não haver nenhum pedaço de alface ou brócolis no dente que quebrasse o encanto, acenei de leve, e fiz sinal pra ele continuar comendo. Ele não me obedeceu... Colocou a colher no prato e continuou a me encarar. Eu me distrai novamente entre pensamentos e comida, mas a cada espiada que eu dava para a mesa ao lado, os olhos estavam lá, às vezes acompanhado de um sorriso solto, às vezes só me olhando atentamente.

Quando terminei, o pessoal da mesa dele ainda conversava e ria, entretidos ... Então me levantei, dei um tchauzinho para o menino e fui pagar minha comanda. De repente senti alguém abraçando minhas pernas... era ele... Que me solta:

-Quando eu crescer, casa comigo?

Olha, vou dizer que fiquei tentada a responder que sim, afinal pureza é uma coisa que a gente não encontra em qualquer esquina... Mas fui salva de fazer uma promessa sem esperança de ser cumprida pela mãe envergonhada que puxou o menino, me pedindo desculpas...

Mas afinal, desculpas por que?

...Fui embora trabalhar um pouco mais, torcendo pro garoto ao crescer não perder todo aquela soltura linda... com um pouco mais de sorriso no rosto e muita gratidão pelos meninos encantadores da vida....





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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

OM SAT CHIT ANANDA

"O romance se separa de todas as outras formas de amor devido à intensidade da felicidade.
Qualquer criatura capaz de reproduzir-se com outra de sua espécie deve sentir atração, mas os humanos são únicos, pois podemos ver significado em nossa atração. Portanto existe uma grande diferença entre apaixonar-se inconscientemente, como se atingido por um raio, e conscientemente abraçar o dom do amor com o conhecimento pleno de que é isso que nossa alma anseia, aquilo pelo que você vive, o que será mais importante em sua vida.
Na Índia antiga, o êxtase do amor era chamado de Ananda, felicidade ou consciência beatífica. Os antigos videntes diziam que os humanos tinham sido feitos para participar desse Ananda todo o tempo. Um verso famoso dos Vedas declara sobre a humanidade: “No deleite foram concebidos, no deleite eles vivem, para o deleite retornarão.” Ananda é muito mais do que prazer, até mesmo o mais intenso prazer erótico. É um terço da fórmula para a verdadeira natureza do espírito humano, descrita pelos Vedas como Sat Chit Ananda, ou eterna consciência beatífica.
O caminho para o amor termina com a realização plena dessa simples frase. Sat é a verdade eterna sustentando toda a existência; quando sat está totalmente estabelecida, não há mal ou sofrimento, porque não há nada separado da unidade.
Chit é a consciência dessa unidade; é a plenitude da paz que não pode de modo algum ser perturbada pelo medo. Ananda é a felicidade suprema de estar nesta consciência; é a beatitude imutável que todos os vislumbrantes do êxtase pretendem ser. O caminho do amor nos leva ao conhecimento pleno de todos os três aspectos sem dúvidas. Mas o que nós provamos com mais frequência aqui na terra é o último – Ananda – na alegria da paixão.
O romance se separa de todas as outras formas de amor devido à intensidade da felicidade.
Duas pessoas que se encantam uma pela outra experimentam uma revolução no mais profundo de seus seres a partir da súbita descoberta de que a beatitude surgiu. Os mestres espirituais nos dizem que nascemos na beatitude, mas essa condição é obscurecida pela atividade caótica da vida cotidiana. Abaixo do caos, contudo, estamos tentando encontrar Ananda novamente; todas as alegrias menores são pequenas gotas, enquanto Ananda é o oceano.
As compreensões que se aplicam a essa fase crescem a partir do nosso desejo de encontrar a beatitude:
A beatitude é natural na vida, mas uma vez que nós a tenhamos encoberto, precisamos procurá-la nos outros.
A dor do anseio é uma máscara para o êxtase da beatitude.
A beatitude não é um sentimento, mas um estado do ser.
No estado de beatitude, tudo é amado.
Nossa ânsia de voltar à beatitude é um dos motivos por que apaixonar-se nunca é acidental. Todos nós temos o conhecimento subconsciente do que o amor pode fazer à psique. Uma pessoa isolada, cheia de frustração e solidão, é subitamente transformada, tornada completa além do poder de explicação da razão. No lugar da ansiedade e da dúvida, surge o êxtase. De acordo com o Novo Testamento:
“Não há medo no amor; mas o amor perfeito afasta todo o medo.”
Este senso beatífico de estar num lugar de paz e segurança enquanto duram os estágios iniciais do romance, apesar dos altos e baixos emocionais que se seguem inevitavelmente.
No entanto, Ananda é muitas vezes a última coisa que pensamos que vamos encontrar, porque antes de nos apaixonarmos, existe um período de intenso anseio. Esse estado é o negativo do romance, mas também é seu verdadeiro início, pois sem a separação e o anseio, não pode haver atração. Para encontrarmos a felicidade, temos que começar onde a felicidade não está presente. Em nossa sociedade, não é difícil achar esse lugar."
Deepak Chopra

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Minha querida amiga







Minha querida amiga Gabi... A mesma que reproduz o seu olhar especial nas lindas fotos que ilustram vários posts aqui...

A vida começa aos 39 e não aos 40?
Acho que a vida começa quando entramos no caminho certo...
Você já parou pra pensar quantas superações você teve nos últimos anos? Você já se deu os parabéns por todas as mudanças que conseguiu efetuar?
Hoje, nesse dia do ano que é especialmente teu, fiz isso... e quero te dar os parabéns...

Parabéns por ter parado de fumar...
Parabéns por ter encarado uma terapia, e por olhar para os assuntos doídos com coragem de mudar Parabéns por ter efetuado muitas dessas mudanças na prática.
Parabéns por ter ido atrás ( e conseguido) de colocar seu corpo na forma como queria que ele estivesse.
Parabéns por todas as mágoas que conseguiu deixar para trás. E parabéns por reconhecer que nem toda mágoa pode ser esquecida rapidamente e se perdoar por isso.
Parabéns pela profissional competente que és. E parabéns por não te estressar com o que não é de estressar.
Parabéns por estar atraindo relacionamentos mais bonitos.
Parabéns por ter ido viajar sozinha pra fora do país.
Parabéns por continuar indo a shows, por fazer o que te faz bem.
Parabéns por te deixar chorar quando sabe que precisa.
Parabéns por estar mais próxima da sua família.
Parabéns pelo teu amor e dedicação aos bichos.
Parabéns por estar falando mais e se escondendo menos.
Parabéns por ter dito do que não gosta, e de dar limites quando o contrário vai te fazer mal.
Parabéns por demostrar mais para os outros o que te faz feliz.

Parabéns pelos 39 anos te achar assim tão bonita, inteira e corajosa...

Parabéns por continuar indo atrás dos teus sonhos!

... Parabéns! E obrigada pela cia nesses últimos anos...



Ah! Fotos by Gabi Stoffel! :)

Conto...parte 2

(link para conto...parte 1 : http://gota-na-poca.blogspot.com.br/2013/05/conto-cap-1.html)







Um reclamando e outro sorrindo demais...  comportamentos polarizados de uma relação de competição, mesmo não parecendo uma...

Pensando em uma analogia:

Imagine que você ele um pirata... Gosta de liberdade, gosta de mandar no próprio nariz e não gosta de receber ordens... Aliás não gosta da ordem preestabelecida das coisas. Mas também é um pouco preguiçoso e inconsequente, então precisa exercer um certo autoritarismo...
Então, ele é um pirata, e piratas tem uma mulher em cada porto. E some por meses. Precisa de uma justificativa para continuar fazendo o que gosta, sem perder o que quer... Então reclama, como se não fosse responsabilidade dele o que acontece em sua vida... E como se não tivesse opção de mudar...

Agora imagine que ela é uma dessas mulheres de um desses portos... Com baixa autoestima suficiente para se apaixonar mais por ele do que por ela mesma. Também não se responsabiliza pela própria vida. O sentimento entre os dois é de verdade, forte. E ela precisa de uma  justificativa para não mudar essa situação, pois não quer perder o que passou a ser mais importante do que ela mesma... Então sorri... Finge que não se importa... e continua sorrindo e ignorando as coisas que incomodam...

Assim os dois começam a fazer coisas estúpidas para perpetuar a zona de conforto. Cria-se uma relação cármica aí, eles começam a se dever coisas. Na verdade devem a si mesmos, mas é fácil colocar a responsabilidade no outro. Ela começa a olhar o mar como grande responsável pelo comportamento dele. Faz um pacto com o mar. Tira ainda mais partes de si mesma como oferenda em troca da segurança dele...

Mas as coisas não funcionam assim... Quem tem uma vida de pirata e se arrisca diariamente, em algum momento tem que enfrentar seu destino... Se insistimos em permanecer na zona de conforto por muito tempo, a vida se encarrega de aviar algumas mudanças necessárias. E um dia uma grande tempestade destrói o navio do pirata. E o pirata junto... Então ele para de reclamar, e finalmente ela para de sorrir... Mas tem teimosos de todo os tipos, e ela se agarra à sua dor tanto quanto se agarrou ao seu sorriso.

Passa o resto dos seus dias se sentindo traída pelo mar, e o amaldiçoa constantemente. Não vai em frente. Fica presa em sua própria infelicidade, no sentimento de traição e no desencanto. Não se dá conta que existem inúmeras outras possibilidades...

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Contos... dos que a gente escuta todo dia.


 
 
 
 
"Depois, bem depois, vem o tempo e nos mostra a verdade como se fosse um passo de dança. Suave, intenso, inteiro. Ele vem e mostra. E aí a gente olha para trás e pergunta: por que não agi diferente? Porque você não tinha o conhecimento que tem hoje. Não tinha a maturidade deste momento. Não te culpa. Não me culpa. A gente não tem culpa."
Clarissa Côrrea




Um baita começo... recomeço de vida. Transformação. Como com as borboletas que tanto gosto.


Muitas coisas, muitos mal-entendidos... Muita cabeça quente de ambas as partes...
Ele estava lindo.
E carinhoso. E derretido. E com saudade. Me olhava rindo como um bobo o tempo todo ( e eu devia estar igual...).
Conversamos francamente e claramente sobre o que de fato queríamos pela primeira vez. Eu disse que queria namorar, com ele me assumindo para os amigos, me vendo mais vezes e para viabilizar isso conhecendo minha família. Que queria comprometimento, que ele planejasse a semana me incluindo nela.
Ele disse que namorar assim desse jeito não queria. Que não estava pronto para isso. Que assim não conseguia porque tinha todos os problemas e não estava preparado. Que ele nem pensava que isso pudesse acontecer. E disse (então já perdendo o sorriso bobo) que achava que não acrescentaria nada para a minha vida nesse momento. Que até podia me enrolar, mas não ia durar e eu acabaria o odiando (o que provavelmente é verdade) por mentir.
Então decidimos ter uma noite de despedida... Foi... afff... ele foi tudo. Talvez tenha juntado em uma só noite tudo o que poderia me dar em alguns meses... Carinhoso, inteiro, apaixonado. Sincrônico por uma noite.

O dia nos amanheceu acordados... Saí sem dizer palavras, com a despedida na pele. Mas inteira por ter sobrevivido a mim mesma...

...adoro borboletas...




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"Você sabe na cabeça, mas você não sabe no coração. Existe uma extraordinária distância da cabeça para o coração: uma distância de dez, vinte, trinta anos ou toda uma encarnação. Você pode saber algo na cabeça por quarenta anos e isto pode nunca ter tocado o seu coração. Somente quando você souber isto no seu coração você ficará realmente consciente disto."
Carl Gustav Jung
 
 
 
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domingo, 18 de agosto de 2013

Meu Tanto...




Foto by Fani Marroco


Estava aqui pensando que tem tanta coisa boa no mundo... Tanta coisa que eu gosto...Gosto de me animar com alguma coisa nova. Gosto de estudar o que me desperta a curiosidade. Gosto de ter memória fotográfica para diálogos emocionais. Gosto de seres humanos com olhar doce (geralmente são castanhos). Gosto de meia velha e macia no pé frio. Gosto de guirlanda de flores na cabeça. Gosto de ter razão, mas gosto mais ainda quando ter razão perde a importância. Gosto de poder ficar em casa quando está chovendo. Gosto de banho de mar em mar quente. Gosto de arrumar mala e detesto desarrumá-las. Gosto de achar a constelação de escorpião no céu. Gosto de músicas dos anos 80. Gosto de couve refogada. Gosto de casos complicados que me dão medo no começo e depois consigo encaminhar. Gosto de cores. Gosto de brincos azuis. Gosto de gotas. Gosto de rir alto e de gente que ri alto comigo. Gosto de surpresas. Gosto de churrasco (é... pois é... um dia evoluo...). Gosto de histórias de amor reais. Gosto de ler. Gosto de gente que presta atenção, e de gente que me dá atenção, aquela atenção na medida certa... Gosto de respirar ar gelado quando estou bem agasalhada. Gosto de gatos se aninhando na minha barriga. Gosto de amigos verdadeiros que aparecem de repente. Gosto de cachos no cabelo. Gosto de cheiro de sol nas cobertas e travesseiros, e cheiro de alecrim esmagado nos dedos. Gosto quando entendo os ciclos e não me apego, mas também gosto de gente que muda pros mesmos lados que eu. Gosto de gente que renasce. Gosto de barulho de rio. Gosto de sol da manhã na pele. Gosto de viver...

Gosto de ser eu...

#momentoascendenteemleão... hahaha







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domingo, 11 de agosto de 2013

Pontes




Essa semana escutei uma história que achei bemmmm bonitinha...

Depois dos meus últimos dois desastrados relacionamentos (um com um cara legal, mas mega ciumento -socooorro!- e outro com outro cara legal, com uma super afinidade mental e química nenhuma), andei meio cabreira e mais recolhida, pesando bem o diabo do trabalho que dá ter alguém para partilhar a vida contra o que de bom pode trazer.
Mas andaram me 'mandando' abrir o coração porque já estava na hora (função de terapeuta é ser metido mesmo, né... afff... rs), e tomei fôlego pra sair do seguro esconderijo embaixo da minha cama... :p
Uma das 'saídas' que eu achei para olhar um relacionamento como convidativo (em tese... rs) é ter a proposta de me comprometer, mas continuar cada um morando na sua casa. Assim, ad infinitum... Acho a proposta genial e não vejo problema nenhum nisso... afinal, por que temos que nos conformar em continuar com a forma tradicional de relacionamentos mesmo???
Minhas amigas, em sua grande maioria, acham a ideia o ó do borogodó, e até minha terapeuta (não o mesmo que me mandou sair de debaixo da cama, outra... tenho três...) dá uma zoadinha quando eu falo nisso.
Mas então, escutei essa historinha bonitinha...
Uma amiga foi fazer um curso com uma escritora/terapeuta, e no curso essa pessoa disse que mora assim com o marido... um em cada casa. Vizinhos, construíram uma ponte entre a varanda da casa dele e a varanda da casa dela.
Aparentemente dá certo... E olha só todo o simbolismo muito legal que isso tem.... cada um preservando seu espaço individual, sem se perder no relacionamento, mas vizinhando e construindo pontes entre si... Minha opinião? Bem melhor que morar na mesma casa e construir muros entre os dois... Os espaços-tempos compartilhados são escolhas de fato e fica bem mais difícil cair no lugar comum da rotina...
Me senti tãoooo compreendida quando soube dessa situação...

De qualquer forma a conclusão que eu chego é que pra estar junto, de uma forma ou de outra tem que amar muuuito mesmo...Amor sentido e amor vivido... Mas se a proposta é essa, bóra se fazer de fênix e ver se está mesmo na hora... E se amar  é mesmo decisão e capacidade, metade já foi...


 
Texto e foto Samanta Hilbert





"A maioria das pessoas acha que o amor nasce pronto, que é um presente do céu, um lampejo da alma, uma inspiração dos deuses, e cruzam os dedos para que "dê certo". Depois da mágica troca de olhares, do arrepio pelo corpo, do êxtase dos primeiros toques, as coisas podem mudar de figura, quando se deparam com a outra etapa que é Viver o Amor. Entre Sentir Amor e Viver um Amor tem uma distancia enorme. Para viver e permanecer amando seu par, é preciso que o aceite, que o valorize, que o respeite, que dê-lhe afeto e ternura, admire-o e compreenda-o. E que sinta a reciprocidade nos cuidados. Amar é uma capacidade e uma decisão, não só um sentimento."
 Aglair Grein -psicanalista




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