Confissão

Eu sou colorida.
Gosto de cores!
As cortinas da minha sala são alaranjadas. Laranja transmite dinamismo, é uma cor expansiva, quente. Os sofás são verde e estampado (dois tons de verde, rosa e laranja). Verde traz equilíbrio, reflexão. E quer saber? Fica bonito. Fica harmônico. Eu gosto!
Tem gente que tem o sofá marrom. Ou bege. Que coisa mais sem graça uma casa bege!! Não é a toa que existe aquela expressão "fiquei bege" pra quando a gente fica com cara de nada... Marrom pior ainda... Marrom é tradicionalismo, coisa parada, imutável... owww di-fi-cul-da-de.... Imagino que uma sala marrom só seja bom para aqueles que são muuuuito aéreos e inconstantes demais...
Minha cozinha é amarela... e estampada... e algumas coisas azuis... Todo mundo se aboleta na cozinha... Conversa flui horas!! E olha que as banquetas não são nadas confortáveis...
Acho que alguns vêem  minha casa com um jeito meio cigano... ou hippie (risos). Mas eu a vejo alegre... movimentada... acolhedora! Não sou hippie de personalidade... Sou pensante, meio impulsiva, transformadora... e também responsável, agregadora, empática (e desorganizada... mas estou melhorando...). Me importo. Comigo e com os outros. Não quero só "curtir" a vida... Curtir é bom, é gostoso mas, me perdoem os que gostam disso, é poucooooo!!! Fica chatooooo!!! Me entediaaaaaaa!!!
Eu quero escarafunchar até achar uma solução que resolva, quero crescer tudo o que eu posso, pensar até a cabeça doer, e agir até cansar... (aí, quando eu cansar, bóra descansar um pouco curtindo, concordo...).
Gosto de usar vermelho. Eu sou gordinha, né (já desisti de "estar" gordinha, assumi o "sou" mesmo... rs).Todo mundo diz que as cheinhas não devem usar vermelho... eu adooooro!! Tudo bem, um pretinho básico fica chic (com sotaque francês, por favor! rs), e eu uso também, mas de vermelho eu me curto bastante! Combina comigo, com minha personalidade, não adianta, não sou "boazinha", nem meiga, nem amorfa...
Pois é... sou é colorida... por dentro e por fora....
E gosto!!!

foto by Leo Recski

na cozinha da minha casa...

Mini-cenas do cotidiano 4

Ficamos todos meio sensíveis com a morte do nosso gato... tristes por nos despedir obrigatoriamente de um amigo querido de quatro patas... enfim, só quem tem bicho, sabe...

Mas teve uma cena engraçada no meio disso...

No dia em que enterramos o Cherri, meu namorado veio me dar um apoio... meus filhos estavam comigo, telefonaram para o pai deles, que também se prontificou de vir dar um abraço nos dois... Nessa hora, todo carinho é bem vindo (bom, em qualquer hora todo carinho é bem vindo, mas quando estamos tristes, os "colos" parecem mais macios...).
Quando meu ex-marido chegou, estávamos à mesa, comendo cachorro-quente (porque mãe canceriana e ainda por cima descendente de alemão consola com comida, é óbvio), eu e meu namorado, Ziba e Tita. Nós o convidamos para se juntar ao nosso lanche.

Lá pelas tantas, em meio a recordações do Cherri, consolos paternos, e tentando dar um clima um pouco mais descontraido para amenizar as emoções, minha filhota, com a carência normal acentuada pela situação, solta:

-Pai, não quero que você vá embora, dorme aqui hoje? Aí, dorme você, a mamãe e o Renato na mesma cama, não tem problema!

....Bom... Nessa hora lembro que me concentrei muito no meu cachorro quente, mas arriscaria dizer que foi um tal de olhar pro chão, pro teto e pro lado, que nenhum dos três saberia dizer com que cara os outros ficaram...

.... E claaaaro, papai foi dormir na sua cama, em sua própria casa...

Terapia Integral

Me perguntaram como funciona meu trabalho... Aqui vai uma breve explicação da terapia integral, que é uma das várias coisas com que eu trabalho...

Essa terapia usa diversos tipos de técnicas com o objetivo de integrar as diferentes partes do ser humano de forma mais harmoniosa, ao mesmo tempo respeitando a individialidade de cada um... Cada terapeuta escolhe as técnicas que acha mais apropriadas.
De minha parte, gosto muito de trabalhar a partir do corpo físico e das energias. Então, trabalho com conceitos Reichianos e Neo-reichianos (mais bioenergética e biossíntese) e com o realinhamento de chacras e energias.

Reich foi um discípulo de Freud, que a um certo momento estendeu a psicoterapia para o plano corporal, fazendo um estudo/trabalho sobre as couraças musculares. Grosso modo, a técnica consiste em liberar emoções que foram "guardadas" energéticamente na musculatura à medida que cada vez que reprimimos uma emoção, contraimos uma determinada parte do corpo (por exemplo, quando queremos evitar um choro que está vindo, encurtamos a respiração... e a energia daquela emoção fica marcada no peito/diafrágma), formando bloqueios e restringindo  nossa capacidade de resposta e autoconhecimento. Os neo-reichiamos se baseiam nos conceitos de Reich, revendo-os e ampliando-os a luz de suas próprias pesquisas.

Desbloqueando essa repressão físico-emocional, liberamos não só a dor física da contratura muscular, mas também a dor emocional, promovendo um contato novo e a possibilidade da reciclagem daquela emoção. O desbloqueio energético concomitante ajuda o processo a ser mais eficiente, posto que mais profundo.

Na prática, o atendimento consiste em massagem, exercícios mobilizadores corporais, movimento, respiração, vocalizações. Isso acompanhado da parte energética,  interação de cliente e terapeuta, através da assimilação (e posterior dessassimilação) energética, o que ajuda a promover desbloqueios e desrepressões, abrindo novos caminhos de autocompreensão. Reiki, cristaloterapia, cromoterapia, grounding, centramento, também podem fazer parte ou não, conforme a necessidade.

Afinal, a cada compreensão e aceitação interna, nos tornamos mais capazes de nos sentirmos únicos, e não sozinhos, mais capazes de estarmos bem conosco e mais capazes de interagir de forma saudável com o todo...

foto by Gabi Stoffel