domingo, 15 de abril de 2012

Um pouco de romance...

Aí veio domingo... dia "D" de domingo....

Bom... nesse dia ... esse dia foi ph..., porque tudo o que eu tinha conseguido segurar até então, desapareceu...

Ele ficou mais quieto, mais simples... Conversou com os outros de uma forma  impressionante de tão entrosada. Menos mental, mais coração... Várias vezes os abraços  e aconchegos aconteceram naturalmente. Ficamos conversando, todos juntos, descontraidos, parecendo que nos conhecíamos eternamente. Amei tu-di-nho!

Ele chorou muito, esse dia. E nesse dia, em que conhecí mais dele e menos do que ele sabia, nesse dia eu me encantei.

Nesse dia conversamos sobre sentimentos mais claramente também... Ele, com aquele jeito engraçado, me dizia "Você fudeu com minha vida!!" e caia na gargalhada.... Jeito meio estranho de se colocar, mas acho que entendí...

Me senti não apenas desejada, me senti querida...

E depois de tantas lágrimas, derramadas pela absoluta falta de palavras para descrever tantas sensações, veio a certeza da rendição.

De um lado encantada do outro lado rendido. Os dois surpreendidos. Nenhum pretendia o que se mostrou...

foto by Claudia Tommasi

Exorcizando lembranças

....Já foi assim um dia...

Às vezes as coisas são difíceis de escrever...

Às vezes nos encontramos num beco, sem saber ao certo o que esperar do outro, e sem saber o que o outro espera da gente... Nem o que está disposto a fazer no agora. Os desconfortos começam pequenos, mas a medida que a imaginação vai trabalhando, como não se tem nada muito concreto na distância, crescem exponencialmente...

Estamos em uma situação peculiar... sentimentos e lembranças a a flor da pele, sem saber o que vai acontecer, e com os pensamentos e a imaginação funcionando a todo vapor... As palavras começam a ter sentido literal, fixando programações que nunca são cumpridas, porque "tudo pode mudar a qualquer momento".

E a única coisa constante é um revezamento entre "absurdamente íntimo" e "distância indiferente", e a minha certeza que não estou mais disposta a ganhar pouco, nem dar pouco, o que provoca um encadeamento de sensações mais ou menos assim:

Eu me sinto comprometida com você -> não tenho certeza de como você se sente comigo -> fico insegura -> fico mais carente -> me cobro estar viajando demais na nossa história -> penso em levar mais leve -> isso inclui estar aberta a outras pessoas -> tenho medo do teu ciume -> fico puta de precisar de outras pessoas para me sentir amada -> fico puta com você e com toda a encrenca que você se meteu -> fico culpada de estar puta, já que a escolha é minha -> fico triste de você estar longe -> fico confusa e mais insegura.

E então meu racional me diz que se consigo detectar tudo isso deveria ser fácil, é só escolher o que me faz bem e parar de paranóias...

E depois de um tempo, onde concluo que sou densa e intensa, e que pessoas assim precisam mesmo ir até o fundo das coisas, realmente entendo lá dentro, que às vezes por mais que exista sentimentos, é necessário e benéfico abrir mão. Mesmo quando queremos muito algo, se o outro não quer também, é mais sábio deixar ir...

... sempre com a esperança que tenhamos aproveitado o aprendizado o máximo possível... sempre com a esperança do que virá...






Pó de pirlimpimpim? Cara, Estou começando a desconfiar que esse troço não existe... rsrsrs

sábado, 14 de abril de 2012

Carência

Que me perdoem os leitores mais puristas... mas... CA-RA-LHOOOOOOOO!!!
Que coisinha mais incomodativa, essa!!

 Ai, que me deu um cansaço....

Cheguei à conclusão que carência tem o mesmo efeito de ingerir muito álcool: é um "embelezeitor" poderoso!! (risos) E inegavelmente anda gigante no planeta! (ao menos no que eu vivo, anda!!)
É a única explicação que encontro para tantos enganos... AUTO enganos...

Carência faz tudo ficar confuso... Intenso!! E na intensidade, quem tem tempo de olhar direito??
 É a adrenalina da velocidade, transformando controle em atenção, marketing em inteligência, sedução em afinidade, química em amor. Mascarando os sinais que apesar de começarem pequenos, são sempre claros...

 E mesmo quando os sinais já não são mais pequenos, quem tem coragem de largar o estável (mas ruim) e ficar exposto à mardita novamente?!

Um amigo meu estava me falando que com os homens ainda é pior, além da carência, ainda existe a acomodação. Depois de uma certa idade, só em pensar em ter todo o trabalho de "caçar", rasgar o papo, contar a história da vida, ver se tem afinidade, conquistar, etc, etc, etc, já desiste logo de vez e fica com  a que está mesmo, que a próxima vai ser igual.

(isso não dá urticária em vocês não? Pensaram nas repercussões??) Ixi, até estou vendo a mulherada olhando de canto de olho desconfiadas para seus namorados/maridos... Peguem leve, nem todo mundo é igual...

Bom, mas o importante é que eu tenho coragem sim, de começar tudo novamente!!

Verdade  que eu gostaria de aprender mais com meus erros, e parar de confundir as coisas... Parar de confundir carência com paixão/amor da vida/conexão espiritual e etcs... (isso que me dá o tal cansaaaaço...). "Conexão espiritual" mesmo foi o meu cúmulo!!! (risos). Vamos recomeçar, ainda com o coração aberto, mas os pezinhos no chão, né?!!






TERAPIA NA VEIAAAAAA!!! rsrs

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Monólogo da Sombra

(mais um capítulo do livro)

Quer briga?
Tenho preguiça de briga... ignoro, suspiro, repenso. No último minuto ainda fecho a boca (ou freio os dedos, nesse mundo internauticamente ligado) para que o mal seja menor e a ofensa não tão arrasadora. Sou mansa. Sabe? Pele macia, e se pele é o limite entre eu e o mundo, eu quero esse limite bemmm doce.

Mas não, você não quer briga, quer simplesmente ganhar.

Quer impôr sua verdade, fica dizendo frases idiotas como "eu espero que você abra mão de suas convicções e se permita ser feliz".

... É, eu seria mesmo MUITO feliz sendo quem ELE quer que eu seja, presa na gaiolinha dourada idiota, com uma vida idiota. Marionete idiota presa nos dedos idiotas.

Odeio!!

Com que direito ele acha que pode dizer o que é certo ou não na MINHA vida? Com aquela arroganciazinha disfarçada. "Deixa que eu te ajudo", "Pode deixar que eu resolvo pra você", todo solícito, todo bonzinho. Com o subentendido (que vem depois) "Eu faço o que é bom pra SUA vida... VOCÊ tem que fazer o que EU acho certo"...

Defendo as fronteiras de minha casa! Do meu clã, meu espaço.
Minha casa/corpo, inclusive meu útero já amarrado e muitas vezes amordaçado...

CALEM-SE VOCÊS!! TODOS!!!

 Todos os que querem me manobrar e me submergir. Não venha me dominar que viro furacão furioso! Saia pra lá você com seu ar de dominação, cuspindo ordens tirânicas. Engula-as, engasgue-se, aproveite e morra!

Saia pra lá com seus vômitos de rancor, raiva e violência.

E se insistir em vir, estou pronta pra defender cada pedacinho do que sou, do que quero e do que acho certo! Ressoem os tambores, que estou a botar a faca nos dentes...

...............(pphhhfff... eu pensei mesmo "faca nos dentes"???)...............

Rio de mim, depois pisco, e tudo passa... que ira mais besta essa, que consegue ver o ridículo de si mesma...





Bom, pra vocês entenderem um pouco:
 O livro falava sobre 3 mulheres, 3 amigas, aparentemente com personalidades muitos diferentes. Era dividido em capítulos de interação entre elas, ou entre elas e o meio, com diálogos e tals, e os capítulos de "pensamentos" de cada uma, como os que postei aqui. Nesses capítulos, fica claro que elas não são tão diferentes, todas tem emoções fortes, que as angustiam. O objetivo era a medida que o livro fosse avançando, trazer algumas compreensões sobre essas emoções, com algumas soluções criativas, baseadas na minha experiência como terapeuta.
No fim, acabei descobrindo que sou péssima em fazer diálogos densos, que fiquem interessantes... Os de comédia até iam, ficava engraçado, mas os cabeçudos... afff... chaaaatos!!
Bemmm difícil esse negócio, gente... tenta aí pra ver!!
Além disso, o projeto do livro começou da idéia de uma pessoa com quem tive um relacionamento alguns anos atrás. Foi um daqueles casos de paixão avassaladora, que deixa a gente burra e transtornada. Sabe? Do tipo "infeliz sem ele, pior com ele", que toda mulher com mais de 30 anos já teve na vida. Ainda tenho algumas marcas desse relacionamento e fujo que nem diabo da cruz de qualquer homem que comece a fazer críticas demais (esse é um bom tema para um texto) ou que tenha valores muito diferentes dos meus. E quando começava a fazer os diálogos, ficava com a impressão que estava conversando com ele. E daí ninguém merece, certo? Portanto abandonei o livro... Quem sabe em algum momento da vida faço algum curso que ensine a escrever diálogos, e aí retomo...

De Chamalú

"♥ DECLARO-ME VIVO!!! ♥

Saboreio cada momento.
Antigamente me preocupava quando os outros falavam mal de mim. Então fazia o que os outros queriam, e a minha consciência me censurava.
Entretanto, apesar do meu esforço para ser bem educado, alguém sempre me difamava. Como agradeço a essas pessoas, que me ensinaram que a vida é apenas um cenário!
... Desse momento em diante, atrevo-me a SER COMO SOU.
A árvore anciã me ensinou que somos todos iguais.
Sou guerreiro: a minha espada é o amor, o meu escudo é o humor, o meu espaço é a coerência, o meu texto é a liberdade.
Perdoem-me, se a minha felicidade é insuportável, mas não escolhi o bom senso comum. Prefiro a imaginação dos índios, que tem embutida a inocência.
É possível que tenhamos que ser apenas humanos.
Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos, sem Amor corremos de novo o risco de estarmos caminhando de costas para a luz.
Por esta razão é muito importante que apenas o Amor inspire as nossas ações.
Anseio que descubras a mensagem por detrás das palavras; não sou um sábio, sou apenas um ser apaixonado pela vida.
A melhor forma de despertar é deixando de questionar se nossas ações incomodam aqueles que dormem ao nosso lado. A chegada não importa, o caminho e a meta são a mesma coisa. Não precisamos correr para algum lugar, apenas dar cada passo com plena consciência.
Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar. Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que nós, o nosso desequilíbrio está garantido.
É possível que sejamos apenas água fluindo; o caminho terá que ser feito por nós. Porém, não permitas que o leito escravize o rio, ou então, em vez de um caminho, terás um cárcere. Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez.
Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações. As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade, que a sensação de felicidade lhes parece estranha.
As pessoas estão tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança. A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência.

Peço-lhes perdão, mas DECLARO-ME VIVO!!!"
(Chamalú)

domingo, 1 de abril de 2012

Capítulo

TUM
Implodi.
De repente, no meio do meu dia a dia monocórdico, entre uma pressão e outra... Tum!
Algo que eu deveria ter desabafado no primeiro instante ficou preso e tentei não dar importância.
Estourei, pifei, calei. Calei mais do que eu pretendia. Me escondi. Perdi o controle de mim mesma. Agora só a minha cabeça funciona e me maltrata. Me inferniza. Me consome e castiga.
Por fora continuo fazendo meu deveres... Mas é visível, pela reação das pessoas que eu estou me punindo e punindo aos que estão ao meu redor. Me olham de canto de olho. Sussurram quando estou passando, ou se afastam o mais rápido possível.
Merda, não consigo pensar em coisas boas.
O melhor dos pensamentos é a fuga. Largar tudo. Como se terminasse uma história ruim e começasse outra, uma boa dessa vez.
... Só que essa história ruim, já foi boa...  Isso não vai funcionar e vou acabar acrescentando culpa à minha tortura.
Pensando bem, a culpa já faz parte... Me culpo por estar infeliz. Me culpo por não ter falado. Me culpo por ser assm. Não quero me culpar também por jogar o amor fora. Ou melhor "O" amor fora.
Fico me perguntando: será que algum dia me apaixonarei novamente?
Ai como quero!
Ontem, ví uma foto minha de um ano atrás... Eu era visivelmente mais bonita. Mais feliz. O que estou fazendo comigo mesma??
Hoje no carro, em mais uma viagem calada, fiquei pensando em como esses problemas são exponenciais. Do não falar, fui pra caverna, contaminando todos ao meu redor, que agora não me tratam mais carinhosamente ( e com razão), o que faz com que eu me feche cada vez mais e comece a colocar a culpa nos outros. Alimentando inúmeras historinhas ruins, repetitivas  co finais cada vez mais trágicos. Estou com paciência zero para tudo.
Me vejo cada vez mais broxada para a vida. Acho que é capaz de eu enjoar de viver...Ou enjoar simplemente dele. Por ter guardado sempre essas emoções tão difíceis, sem soltá-las até que eu não consiga mais nem falar sobre. Nem chegar perto. Nem pensar. Só enjoar mesmo.
Estou triste mas não consigo chorar.
Que tristeza é essa que me impede de querer viver?
Espero amanhã acordar melhor...



Calma, pessoal... NInguém precisa me ligar correndo... estou muito bem...rsrs... esse é um capítulo de um livro que eu estava escrevendo um tempo aí atrás, sobre 3 mulheres...
O texto "Uma parte do que faz parte" que está aqui no blog é do livro também, da personagem mais parecida comigo. Esse aqui é de outra das três. Como desisti do livro, vou transcrevendo partes no blog... Espero que gostem!