terça-feira, 27 de novembro de 2012

Jovens...






Estava aqui me sentindo cansada e velha (risos... pra eu estar escrevendo a respeito, é porque já passou...) e pensando...

Eu tenho o (mal ou bom?) hábito de me relacionar (amorosamente) com homens mais novos que eu... Nunca antes (até bem pouco tempo atrás) me interessei por alguém muito mais velho...

Mas ultimamente andava questionando sobre isso, e meus dois últimos namorados tinham os mesmos 40 e poucos que eu... E, Senhooooorrr da Glóóóória, foi uma "complicadeza" só... (sem experimentar, como eu ia saber, né!?).

Não que eu realmente acredite nessa limitação "idade"... Mas cá pra nós, são poucos os humanos que conseguem sair dos quadradrinhos que as crenças a esse respeito nos jogam...

Será que uma das crenças que temos a respeito de envelhecer é "ficar mais complicado"?

Inevitavelmente me pego lembrando dos antigos namoros e percebendo que realmente quanto mais nova a pessoa, mais direta... Mais claros os diálogos, menos se escondem. Mais coragem de viver o que tiver que ser vivido... Mais flexibilidade também... Mais facilidade de voltar atrás e rever conceitos...

Vamos nos fechando, limitando e enrigecendo enquanto nosso corpo envelhece e enrigece também?

Eu me fechei e limitei nesses últimos anos?

Porque saber o que se quer e realmente descartar com facilidade o que não quer, e enrigecer são coisas bemmm diferentes... não?

Homens mais novos (mulheres também), riem mais de si mesmos... Homens mais velhos (mulheres também) se ofendem com muito mais facilidade... são mais cheios de auto importância... e somos mais ridículos por consequência...

A maturidade traz mais autoconhecimento (ou deveria), traz mais vivência, e parece que traz também uma hiper sensibilidade a alguns assuntos... Eu, por  exemplo, sou hiper sensível a "falta de respeito"... Qualquer derrapada que passe por perto de desrespeitar meu tempo, meu espaço ou algo que sinto, eu surto! E continuo no momento acreditando que tenho razão! haha
...Os desafios parecem que vão crescendo exponencialmente...
Ou será que vamos só passando de ano, e as provas (naturalmente) do segundo grau são mais difíceis do que as do primeiro, e as da universidade mais ainda? Dificultar seria um bom sinal então... Sinal que estamos avançando nas etapas...

Portanto, deveria ser mais fácil achar cumplicidade em alguém na mesma "etapa" que nós, com objetivos mais parecidos, em sintonia com projetos, 'pensares' e 'sentires'...

Mas não posso me furtar de lembrar que só consegui ver o engraçado das não compreensões, dos mal entendidos da comunicação humana, em parceria com homens jovens... Pelo menos jovens de humor... :)

domingo, 25 de novembro de 2012

Preciso decidir se tenho que ler mais Osho, ou desistir de vez...ô homem que me carrega pro "total"...



"Amor: dissolução na existência

Nenhuma outra época, nenhum outro século jamais falou tanto do amor como nós falamos, e a conversa constante sobre o amor cria a ilusão de que sabemos o que ele é. Estamos enganando os outros e também enganando a nós mesmos.

E o homem está morrendo sem amor, porque, assim como o corpo precisa de comida, a alma precisa de amor — é uma necessidade. Mas a comida você pode produzir, pode criar, pode cultivar. Com o amor, você tem de aprender uma técnica totalmente nova: a técnica de estar relaxado, aberto, disponível.
...

É arriscado, é perigoso estar aberto, vulnerável, pois nunca se sabe o que pode acontecer. Por isso, as pessoas permanecem fechadas. Fechadas, elas se sentem seguras.

A segurança está lá, mas a vida desaparece. Elas estão mortas mesmo enquanto vivas. Estão quase na cova — seguras, protegidas, sem medo, com tudo garantido. Mas, se não há vida, para que servem todas essas garantias?

Uma vida real é sempre aventurosa, e o amor é a maior aventura. É entrar no desconhecido, é permitir que a existência se apodere de você. E ela só fará isso se você estiver pronto para se dissolver nela. Nessa dissolução, o amor cresce. Quando você não existe mais, o amor entra.

E é assim que Deus acontece. O amor é o começo de Deus, o amor é o mensageiro de Deus, é o primeiro raio do sol."

Osho, em "Meditações Para o Dia"

sábado, 24 de novembro de 2012

Lembrar de ler todo dia ao acordar...





Foto by Léo Recski


"Acordei completamente amanhecida... E tinha um brilhinho de sol em cada gotinha da chuva fina na manhã de hoje. Alguma coisa me diz que coisas grandiosas estão por vir. Por isso abro meu coração pra alegria, pra vida e pro sol que acaricia e não machuca... E é nesse estado de gratidão e contentamento que qualquer pensamento negativo que eventualmente surja, morrerá de inanição!"
(Marla de Queiroz)
 
 
 
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Avisos

 
 
 
 
 
 
Se teve uma lição que 2012 me trouxe, foi a de que as pessoas avisam quem são.
Todas elas.
Algumas avisam explicitamente, outras disfarçando em brincadeira. Mas mesmo que pareça brincadeira, escute! Ela está avisando.
Algumas avisam com atos. Não é coincidência. Não foi sem querer. Você não entendeu mal. Ela está avisando!
E se você não gostar do que aparece, não titubeie! É bem mais fácil tirar alguém da sua vida enquanto essa pessoa ainda não tem peso nenhum. Vire as costas. Vá embora. Pode até fugir! (eu deixo... rs). Se você pensou "mas que babaquice isso", corra! É muito, mas muito provável que a figura seja mesmo uma idiota. Pra você. Pode não ser para outra pessoa, mas a combinação dela+você dá nisso! Paciência...
Mesmo que a propaganda contrária tenha sido boa... (eu sou  - era -  mestra de dar "segundas chances" para pessoas que não valiam a pena)... Mesmo que tenha outras coisas sobre as quais você esteja curiosa, mesmo que esse alguém tenha várias características interessantes, lembre-se de que não gostou do comportamento básico. E é com isso que você vai ter que lidar sempre. A curiosidade não vale o que você vai ter que empenhar...
E, se valer a pena se deixar ficar (e muitas e muitas vezes vale sim!), reavalie a cada 10 anos. As pessoas realmente mudam a cada período desses (minha avó sempre dizia, e é verdade!). Todas elas.
 
Eu também.
 
Você também.

Meus votos para que sejamos mudanças melhores!



"Por favor, não seja diplomático aqui. Este é um relacionamento íntimo, por favor, não traga qualquer tipo de esperteza entre você e eu. Comigo, seja simples, inocente, e então milagres são possíveis. Você tem direito a milagres. Mas a não ser que você os permita, eles não poderão acontecer. Eles só podem acontecer com a sua cooperação.” (Osho)
 
 
 
 
 
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Então, não.



Gostaria de esclarecer que nem tuuudo o que eu escrevo aqui é fato. Mesmo as coisas escritas na primeira pessoa. Muitos escritos são vivências. Outros são coisas ouvidas por aí. E algumas são imaginadas. E outros (como esse) são mistura de imaginação, real, lembrança e mais. Claro, tudo revela sobre mim, exposição é a proposta... Mas nenhum compromisso assumido com verdades e muito menos verdades absolutas. Afinal, é tudo-junto-e-misturado...





Algumas coisas continuam as mesmas. Ando carente. Aliás, SOU carente. Me apaixono pelas coisas erradas. Amo demais. Ou de menos. Sempre muito rápido e intenso. E sou confusa. (ou não... rs)
Mas estou tentando.
Colocar a angústia para fora ajuda. Tentando compreender meu corpo e assim minha pessoa ininteligível como um todo.
O que atrapalha é que perdi a admiração que tinha por eles. E se perco a admiração, fudeu.
Não consigo me comunicar. Fica chato. Simplesmente esse trabalho passa a não valer a pena. (Ou não). Às vezes acho que pode ser bem mais do que isso.
Espelhos...

Estamos bem distantes...Eu e ele. A distância é feita do respeito que evaporou. Que pena... Chega a dar um certo "urg" quando o vejo. Estranhíssimo. Estranhíssimo, será? Mesmo? Ou começou por eu me sentir desrespeitada? Não aguento nem mais um átimo de desrespeito, não cabe!

Queria era estar apaixonada. Pelo outro. Será que estou e não sei? Nossa intimidade, inclusive física me é bastante agradável e querida. Fico bem ao seu lado, feliz, tranquila... Mas daí a estar apaixonada é bem diferente. Na verdade estou muito mais próxima de estar apaixonada pelo próprio. (Ou não). Não há nada que ele possa me oferecer como homem. Só migalha... Migalhas, urg! Mais um urg. Uma penca de "urgs", uns sobre os outros...

Nesse malabarismos de urgs, vou me dessensibilizando. Ufa. (Ou não...)

Me sinto uma pessoa melhor agora. Com um mar de coisas a compartilhar. Mas tem que valer a pena. E se não vale a pena, se não tem algo inteiro ali, se não tem o que trocar, se não vai acrescentar, nem me mexo da minha poltrona... Isso é egoismo? Bom, talvez seja. E daí se for? Ou pode ser só desses tãnãnã-próprio...tipo respeito-próprio, amor-próprio... algum desses tão básicos!

Hummm...

É... acho que na verdade não estou carente não... Que bom.... Um pouco de tranquilidade no meio da turbulência...



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Onde está você?

 
 
 

Passado


foto by Gabriela Stoffel
 
 
A desiludida
Alma Humana, à procura
de sobrevivência
refugia-se na
fantasia.
Fantasiar-se é dar-se
o luxo de
bricar com os desesperos.
É colocar obscuros
pensamentos à claridade
do quase
real.
É transformar-se
num íntimo
desejo...
 
 
 
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Página de meu diário 16/05/01





Meu bebê dorme no berço ao meu lado. Tenho muito a agradecer... No longo tempo que fiquei sem escrever aqui, várias vezes fui acometida de crises em relação a meu filho: depois que ele nasceu as noites começaram a ser cansativas.
Mas agradeço porque ele, além de perfeito, é lindo.Perfeito com a perfeição dos bebês felizes.
Nas últimas semanas -ele já está com 6 meses e meio!- tenho estado impaciente e não tenho conseguido brincar muito com ele, mas jajá vamos colocá-lo em uma creche e poderei trabalhar novamente. Creio que vai ajudar!
Desde fevereiro estamos na nossa nova casa (...) e é verdade que é preciso fundamentalmente bom humor para se viver em família. Mas as coisas estão saindo bem gostosas, apesar dos desafios. Mas são desafios que pretendo vencer.
Breno nasceu com vários problemas, o cordão umbilical além de enrolado no pescoço, com um nó real, que não deixava passar alimento. Placenta completamente infeccionada. Havia um começo de descolamento de placenta também, e o líquido amniótico quase inexistente. A obstetra nem entendeu como ele conseguiu sobreviver...
Nasceu pele e osso e roxo... dá um aperto no peito cada vez que lembro... E com muita necessidade de viver. Mamou vorazmente esses meses todos e agora é um bebê bochechudo com covinhas nas mãos e cotovelos. Eu o amo muito.
E descobri que sou extremamente protetora em relação a ele, quando caiu da cama pela primeira vez, uma 3 semanas atrás. Voei escadas acima, minhas pernas ficaram bambas, fiquei apavorada!
É engraçado de repente compreender o que é ser mãe...



Abri meu diário ao acaso nesse dia...As vezes é bom lembrar que somos uma família de lutadores... Tudo vai dar certo!




Sabe o quê?
No fundo adoro como a realidade tem um "jeitinho" todo especial de me atolar os pés no chão quando estou muito viajona...
Agradeço cada centímetro de proteção que tenho...
E bóra viver o que se tem pra viver...
 
 
 
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Mini-cenas do cotidiano 7




Diálogo de Tita (quase 8 anos) e meu jardineiro (idade indefinida....) hoje pela manhã:


Tita: - Você é seu próprio chefe, ou tem assim, uma pequena empresa?

Ele: -Sou meu próprio chefe... E olhando meio enviezado para ela:

-Tu é meio parecida com a tua mãe, né?

Tita: -Eu sou a cara do meu pai!

E, depois de uns 5 minutos em que ela ficou pensando com a testa franzida:

-É, eu sei que eu pergunto muito, era disso que você estava falando, né? Sou a cara do meu pai, mas tenho a personalidade da minha mãe!



kkkkk... Só quero ver quando ela ficar adolescente....

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O que é verdadeiro permanece...



“E tem gente maravilhosa que, de repente, vai ficando longe, difícil de ver – e aí dança. Mas também acho que aquilo que é bom, e de verdade, e forte, e importante – coisa ou pessoa – na sua vida, isso não se perde. E aí lembro de Guimarães Rosa, quando dizia que “o que tem de ser tem muita força”. A gente não tem é que se assustar com as distâncias e os afastamentos que pintam. Mas, vantagens? Ah, isso também tem. A melhor delas é conhecer gente. Não tem coisa melhor (nem pior) do que gente. E, na minha opinião, não é plantado no mesmo lugar, caminhando sempre pelas mesmas ruas, repetindo ano após ano os mesmos programas, que você vai conhecer pessoas novas.”
(Caio F. Abreu)





Estava aqui pensando com meus botões, que meus amigos mais próximos, aqueles em quem eu realmente confio, os que ficam enquanto os outros vão indo embora e vou trocando de "turma", são todos pessoas que prezam muuuuito a liberdade... São pessoas que tem prazer na cia de outras pessoas (ou na minha), mas que precisam dos seus espaços individuais... Que prestam atenção nas próprias vidas, que me deixam respirar...
Os afastamentos acontecem de fato... Dentro da mutação constante que sou, infalivelmente mudo as afinidades também... O afeto permanece, mas a cumplicidade para fazer coisas "junto com" vai passando e se não dá mais para ser "junto", acaba ficando "longe"... E vão embora...
E o que é "bom, e de verdade, e forte, e importante" na minha vida (e que permanece), sempre tem a ver com pessoas com muito áries, sagitário e/ou leão, ou gêmeos... Esses até se afastam um cadimm, mas sempre voltam...

O que é verdadeiro permanece... e o que permanece é o que me dá espaço... Afeto, importância e espaço! No fim eu, que acreditava que "segurança" era muito importante, estava me contando umas mentiras sobre mim mesma... Interessante...

Brincando de apaixonar




“Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.”

Martha Medeiros



Claro que paixão faz parte do amor romântico e sim, amor romântico é adolescente... E porquê não? Transitar pela infância, adolescênca, maturidade, durante toda a vida me parece bom... Cada fase tem suas vantagens e desvantagens, e se chegamos em um estágio em que pode usufruir de tudo, melhor é...
Amor incondicional tem sua validade, amor romântico e paixão também... Mas creio que o mais importante dessa frase da Martha, é a desconstrução que quem se iludiu, tem que fazer...
Essas coisas são permitidas em duplas: quem se iludiu com a representação, entrou na peça também... Inventou um personagem para contracenar com o outro personagem... E desconstruindo o outro, desconstrói o que sente e se desconstrói também... Mas ao passar por essa desconstrução e reconstrução consequente, sai melhor do que entrou... Afinal, se descobre muita coisas de si mesmo estudando (e construindo) um personagem...

E talvez a paixão sirva para fazer cair os muros de auto-proteção que a mente, sábia que de crê, constrói...A mente cega, pára de se proteger, e assim permite que a intimidade consiga se estabelecer.... Com a intimidade vem a queda da ilusão, mas a paixão já construiu pontes, laços, abraços, admiração e tudo o mais, o suficiente para que a gente "aguente" a verdade, e até mesmo goste dela... E aí é que entra o crescimento... A não ser que você tenha (ou esteja com) medo da intimidade, que não deixe chegar perto, mantenha uma distância "segura", mesmo apaixonado... (na minha opinião, a vida sempre encontra um jeito... quanto mais você é resistente, mais vai ter que "perder a cabeça" de paixão...).

Paixão faz parte do instinto, da química, serve aos fins procriativos? É. Tudo isso. Mas afinal não somos mesmo feitos de carne e instintos também? Negar ou aceitar não vai fazer com que desapareça... Aprender a viver e direcionar saudavelmente creio que é o melhor caminho... Tipo: apaixone-se por quem faz bem a você... ;) ... E aproveite para ir aprendendo a amar pelo meio do caminho...


"Sabe o que eu quero de verdade?! Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma..." (Clarice Lispector)


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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sensível....


"Sabe o que eu quero de verdade?! Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma..." (Clarice Lispector)







Acordei com o coração grudado na pele...
Cada vento que passa é um arrepio,
cada raio de sol uma explosão,
cada pingo de água um redemoinho
cada olhar uma paixão...
 
 
 
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Se quex, quex, se não quex dix



Acordei hoje (feriado) perto das 6 da manhã com uma trovoada daquelas que faz a gente pular na cama... Depois de ver se todos estavam cobertos, secar os gatos, botar comida pra cã e dar uma olhada pela casa, meu sono tinha evaporado...

Divaguei um pouco, dei uma xeretada no computador, mas a preguiça espaçosa acabou tomando conta e voltei pra cama, na cia de um livro (um dos meus programas preferidos de manhãs chuvosas indolentes).

... E foi então que a mágica começou a acontecer....

Primeiro foi a Fromage que chegou, de barriga cheia, sequinha e cheirosa para se adonar de uma parte do colchão... No rastro dela veio meu filho, olho inchado de sono, esquecido momentaneamente de botar banca pré-adolescente, se enroscando nas minhas cobertas, imitando como a "mana" se remexeu na trovoada, e brincando com a gata (que na verdade, ao menos teoricamente, é dele). Das brincadeiras com a Frô, saíram gargalhadas -chamariz certo para minha sagitariana de (quase) 8 anos. Ela já chegou rindo e de olhinhos brilhando... "eu estava escutando vocês lá do meu quarto", e lá se foi o outro lado da cama ocupado, comigo espremida (e feliz) no meio.

O último a chegar foi Nankin, óbvio. Meu gato (esse é, de fato, meu) capricorniano arisco olhou desconfiado aquela bagunça matinal e resolveu que valia a pena se arriscar. Não ficou muito, pois a essas horas a etapa carinhosa já tinha acabado, a filosófica estava pelo meio e a guerra de cosquinhas estava prestes a começar... *

Pra mim, manhãs como essa são deliciosas... Gosto de coisas simples assim.**
Apesar de também gostar muito do espaço individual que a guarda compartilhada me facilita ter, gosto de respirar afeto, de risos que desconstroem assuntos difíceis, de abraço apertado que esmaga a bochecha e  de chorar em filmes românticos com meus filhos dizendo 'ah mãe, de novo??!!'. Gosto de uma cama que fica apertada quando dois filhos e dois gatos rsolvem disputar espaço nela...

Não faço o tipo "femme fatale". Faço mais o tipo "quanto mais limpo e claro melhor". Sem jogos. Sem mistérios. Sem angústias (mas com algum frio na barriga, claaaro). Coisa mais melhor de boa do mundooooo!



*É um assunto a se pensar, não é mesmo? Os desconfiados demoram a chegar e acabam perdendo um monte de partes gostosas... É isso?
**Aliás, era essa minha maior qualidade na opinião do meu ex (ficar feliz com pequenas coisas). Os dois traços que ele considerou meus piores defeitos e que por mim, são minhas melhores qualidades, são profundidade emocional e mente inquisitiva... Não que opiniões alheias importem de fato, só ilustrando como realmente pessoas podem ser absurdamente diferentes sem que sejam catalogadas em "boas" e "más"...

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CORAGEM - OSHO




 


"A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

"O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada. Faça todas as coisas criativas, faça o melhor a partir do pior - isso é o que eu chamo de arte. E se um homem viveu toda a vida fazendo a todo momento uma beleza, um amor, naturalmente a sua morte será o supremo pico no empenho de toda a sua vida."

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Vida (Augusto Branco)



Foto by Léo Recski
 
"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
 
"Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

"Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

"Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
 
"Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

"Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

"Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

"Viva!!
 
"Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante."
 
(Augusto Branco)


 

Bom Dia!





Foto tirada de "Hierophant"

"Todo dia, ao levantar da cama, eu procuro me lembrar: dá pra escolher. Não temos controle sobre tudo, mas dá pra escolher entre ter amigos ou viver recluso, dá pra escolher entre privilegiar um amor ou ter vários casos superficiais, dá pra escolher entre levar a vida com bom-humor ou levar a vida na ponta da faca. Se a escolha será acertada, aí já é outro assunto, o futuro vai dizer...."

Martha Medeiros

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Tem gente de todo tipo...

Eu tenho um "sentir" retroativo...

Explico:

Com essa história de ter muita água, de ser muito intensa e muito profunda (aliás exatamente a combinação dessas duas coisas, creio), se me deixo ir na emoção do momento, tudo fica muuuuito grande... E enganador...
É como se fosse um lago com ondas... quando a onda está passando, a profundidade parece maior, depois que ela passa, parece mais raso. Mas nenhuma das duas ocasiões diz a profundidad de fato. As emoções, para quem tem a sensibilidade nas antenas e profundidade de um abismo (e acreditem, depois que se opta por isso não dá mais pra voltar atrás... pelo menos não por mais de alguns minutos)*, são o bombardeio diário, minuto a minuto. E é um abismo marítmo!
Teve um tempo que eu acreditava que todo mundo era assim. Que todo mundo sentia do mesmo jeito que eu sentia (e vou confessar que ficava abismada com as atitudes que tomavam... Não me fazia sentido nenhum, passava de susto em susto)... Depois descobri que cada um é cada um, e que eu deixava muita gente horrorizada ao ser como sou. Meu próprio ex-marido citou uma vez duas características minhas que eu considero minhas maiores qualidades, como sendo meus maiores defeitos (entenderam o "EX" né? rs). Bom... devo dizer que também ainda estou trabalhando lidar com as diferenças... hehe. Mas o contato com as outras pessoas (e quanto mais íntimo melhor é para isso) continua sendo uma ferramenta poderosa para tirar a poeira de cima do que não enxergo direito, e me fazer refletir (e sentir).

Então, eu só vou saber o real tamanho do que sinto, quando acordo... Pela manhã, antes da próxima onda emocional chegar, eu fico sabendo a profundidade de verdade do meu lago. Já aprendi que é assim, e já internalizei essa lição. Então, durante o dia, coloco algumas coisas em stand by automaticamente, e espero dormir e acordar para definir, decidir e certas vezes deixar ir...E em outras deixar ficar...Adoro quando encontro algo que vale a pena deixar ficar...  Assim, em alguns momentos não me dou conta de que não gostei de alguma coisa, ou de que existe algo me incomodando, e só vou perceber depois... (essa é a perte chata). Em outros momentos, deixo de fazer muitas besteiras, porque, se eu me deixar, viro a rainha da ressaca de impulso (afff!!!) E em ainda outros momentos (e esses são os que eu mais gosto) , descubro que existe uma coisa danada de boa escondida dentro de algo que me parecia ruim. Mas para descobrir o que é um e o que é outros, preciso parar para reparar em mim...
Por isso que a primeira hora do meu dia é minha. É a hora que me preparo, medito (SIM, Asaman, eu medito!! rs), penso em cada cliente que vou atender, repasso minha agenda, me organizo,sinto e espreguiço...

...E principalmente, antes de tudo isso, é a hora que eu me reconheço...





*E se desse pra escolher, eu escolheria ser exatamente assim como sou... Dá trabalho, mas continuo escolhendo ter a visão raio X, e o "desassossego dentro da bolsa" (adoro essa frase da Fernanda Mello!! Simplesmente traduz!!).

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Manhãs reveladoras...



foto by Claudia Tommasi


Tem aqueles dias que a gente se sente na beiradinha de ser feliz, mas já sendo...
Sabe?
Aqueles dias que o olhar fica enevoado, que a gente tropeça, esbarra em tudo, deixa o leite derramar e nem liga, que sente falta de "algo", e sente plenitude ao mesmo tempo. Que o gato acorda você bem antes da hora de levantar, e você aproveita para ficar planejando e imaginando na cama...

Dias que o sorriso não sai dos olhos mas  fica só no cantinho da boca... felicidade sorrateira, meio revelada apenas.

Não, não, não estou falando daquele estado abobado de paixão, que produz sintomas parecidos, mas que o "motivo" está no outro... É mais o estado de completude, de "está tudo certo como está", de estar íntegrada, e inteira... Aquela sensação de ar geladinho ainda da manhã de primavera que o sol esquenta ao longo do dia... Do silêncio de fundo e um grande conforto de estar no próprio corpo, sem nada de dor, só a respiração abrindo um espaço maior...

Sabe?

Pois é... hoje lembrei!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Lendas...



Ouvi de uma cliente dia desses, que ouviu de uma amiga, que por sua vez leu em um livro... O nome do livro se perdeu no meio do caminho, quem souber me diga dando um gritinho...











Diz a lenda que o planeta Terra é muito observado pelos outros seres do universo... Apesar de ser um planetinha aparentemente sem muito interesse, nada evoluido nem tecnologicamente, nem espiritualmente, aqui é um mundo dual e parece, vejam só, que isso é uma coisa rara.

A dualidade é, por definição,
"a propriedade ou caráter do que é duplo ou que contém em si duas naturezas, duas substâncias ou dois princípios".

 Então, sendo a dualidade uma lei física daqui, os seres inteiros (os "anjos" talvez?) que chegaram para ajudar esse povo terráqueo tão estranho, tiveram que se dividir nas duas partes opostas de si para poderem ancorar no planeta. E assim carne viraram, mergulhando e se perdendo na terrinha.

Acontece que, quando essas partes se encontram novamente, elas se reconhecem, sem se reconhecer realmente. E isso gera uma atração, um encantamento que, quando a gente consegue não atrapalhar e segue indo em direção ao outro, vira essa coisa chamada amor.

Assim, segundo a história que me contaram, a Terra é um dos poucos lugares no universo onde existe o amor, esse amor romântico, que faz as pessoas verem estrelinhas e parecem que explodem por dentro. Onde existe a sensação do reencontro, que faz com que o valor do que sentimos aumente, e o aprendizado sobre nós mesmos aumente na mesma proporção. Como cada ser individual também é íntegro (uma forma de ser inteiro no mundo dual), quando se juntam agregam tudo o que aprenderam na solitude e acabam ficando maiores do que quando eram um só.

Além disso, essa explosão que acontece quando o encontro é bem sucedido, é tão forte que sai da atmosfera terrestre e reverbera pelo cosmos.


O poder de um casal em harmonia mexe com o resto do universo...

...Pelo menos é o que dizem...