domingo, 25 de março de 2018

Persistência e Teimosia





Sabe qual é a diferença de persistência e teimosia? Quando algo não dá certo, o persistente tenta algo diferente a cada vez, até dar. O teimoso tenta diversas vezes a mesma coisa (e continua não dando certo).

A ideia é q, se vc só repete sempre a mesma coisa, terá sempre o mesmo resultado. Se Thomas Edison tivesse feito sempre a mesma coisa nas 314 tentativas de criar a lâmpada elétrica, não teria conseguido. Ele conseguiu, pq não desistiu da ideia, mas foi modificando o experimento a cada experiência, até q encontrou o jeito q funcionava. Nao desistir da ideia, mas ir tentando formas diferentes, é persistência, e te leva a algum lugar. Só ficar repetindo a mesma receita de bolo e ter a esperança que vai sair outro bolo, é teimosia.

Vamos? Vamos!




"Folheando" hoje meu face, me deparei com uma publicação "7 passos para você se desapaixonar por alguém que não te merece". Fiquei pensando..... não te merece??? Fala sério.... Vamos crescer? 
A pessoa não te querer, não quer dizer que ela é uma babaca! Só quer dizer que ela não te quis. Pronto! 
Se tu te apaixonou, foi porque a pessoa tinha coisas bacanas, e ela continua sendo linda, maravilhosa, com todas aquelas qualidades legais que tu enxergava nela antes. Essas coisas não desapareceram só porque não deu certo, ela não te quis, ou algo quebrou.
De uma vez por todas: As pessoas fazem com a gente o que a gente permite. 
Se tu tem auto estima, as coisas doem, mas não te destroem. E passa. 
Tu cresce com mais aquela vivência, fortalece o teu poder pessoal.... e uma hora a dor passa e tu vê que não tirou nenhum pedaço. 
O que tira pedaço é abrir mão de coisas que são inegociáveis pra ti, é querer dar jeitinho em coisa que tu tá vendo que não tem como, é se iludir. Isso sim, tira pedaço mesmo. 
Em um relacionamento, a responsabilidade SEMPRE é de ambos. 
Então... mais amor por favor? 
Principalmente mais amor com a gente mesmo.
Combinado? Combinado!

O poder do toque





Quando eu era uma terapeuta iniciante, com uns 3 anos de profissão, creio (uns 20 anos atrás), atendi uma senhorinha. Bem velhinha, já com as articulações que já não esticavam direito, magrinha, com início de osteoporose. Conversamos um pouco, ela não se abriu muito... "falaram bem de você, vim conhecer"...
Pedi então que ela deitasse na maca, e fiquei olhando para ela pensando, gente, COMO vou mexer nessa senhora, o QUE posso fazer por essa pessoa? Me conectando com o q ela permitia mostrar....
Então, peguei na mão dela. Peguei de verdade, um toque inteiro, DEI a mão a ela. E não falei nada. Só ficamos ali de mãos dadas por alguns minutos. E ela começou a chorar. Chorou looongo tempo, e eu ali de mão dada, sem falar, com a outra mão fazendo pequenos afagos no resto do corpo dela.
E aquela senhorinha foi se abrindo... Foi chorando e se abrindo, as articulações amolecendo, o corpo encaixando na maca. E então ela começou a falar. Contou histórias de solidão... contou que desde que o marido tinha morrido ninguém TOCAVA nela. De como tinha esquecido que era quente, confortável, seguro, ser tocada.
Ficamos ali de mãos dadas em torno de 1 hora... sem grandes massagens, só com o CONTATO das mãos dadas.
Levantou da maca com o olhar límpido, desanuviado. Dsse: "hoje lembrei de algo que achei que havia morrido em mim." Me abraçou e com um 'obrigada' foi-se embora.
Foi uma baita lição de profissão e de VIDA. Então SIM eu encosto nas pessoas. E não é a massagem, a descontratura muscular, o alongamento que mais é eficaz (apesar de ser a 'desculpa' que usamos -eu também- muitas vezes).
É a QUALIDADE do toque em presença.
É a qualidade da atenção plena, é o "estou com você", que através do contato pele com pele fica mais fácil de sentir, de acolher, de SER. E esse contato só precisa ser INTEIRO.
Somos HUMANOS, precisamos de CONTATO, PRESENÇA, VIDA.
Toque é ALQUIMIA.

segunda-feira, 19 de março de 2018

As 13 metas da bruxa


...concordo com tudimmm


http://www.asduasluas.com/2018/02/as-13-metas-da-bruxa.html?m=1



foto by Thais Feminella



Li em algum lugar que mães ensinam as filhas a trançar a tristeza nos cabelos antes que ela chegue ao corpo e vire doença ou chegue no coração e vire amargura....
Como eu sou uma criatura que gosta de simbolismos e rituais, gostei... e como gostei, aplico.
Hoje, trancei a preocupação nos meus cabelos.
Ainda não me acostumei a ter visão... Então, as vezes vejo algo de alguém de quem gosto e quero bem. Vejo essa pessoa dizendo que quer chegar a um lugar, e pegando um caminho que não vai levar lá. E aviso.
É difícil quando a pessoa não escuta, e as vezes acabo me transformando em uma chata insistente. E destruo outras coisas tambem importantes... Mas, principalmente: insistir não funciona! Cada um tem sua forma e seu tempo de internalizar aprendizados. Falar a mesma coisa, mesmo de forma diferente não vai fazer com que escute, se ela não estiver disposta a ouvir... E ISSO está FORA do meu controle...
Então tranquei a preocupação na trança, e soltei a confiança de que o uni faz tudo certo e traz o tempo certo... o tempo de cada um.
Enquanto isso, vou exercitando a confiança e a autorresponsabilidade.... e aprendendo por minha vez que, o que não está no meu controle, é melhor soltar de vez....
Ahowwww

Motivo pelo qual estou postando quase nada aqui....





Refletindo

***texto escrito a várias mãos (ou corações), depois de uma conversa sobre o tema com irmãs de alma

Fazia muito tempo que eu não entrava em contato com competição feminina. Meu mundo (minha bolha dentro da bolha florianopolitana) tem sido permeado por sororidade, solidariedade e bem querer real entre mulheres. Do tipo: é mulher? É irmã!

Lógico, tem sempre aquelas por quem sentimos mais afinidade, com quem trocamos mais confidências, que nos faz sentir mais seguras e com mais vontade de conversar. Mas mesmo quando a outra desperta algo ruim, não confortável, minha bolha se pergunta "o que ela está mostrando que eu preciso trabalhar em mim?". E conversamos sobre nossos desconfortos umas com as outras, pedimos desculpas que são aceitas de coração, porque REALMENTE confiamos umas nas outras. E isso é AMOR. ESSE é o feminino sagrado, que aliás existe dentro de homens e mulheres...

Porem, no último mês me deparei com algumas situações diferentes. Bati de frente com ciumeiras e posse femininas, manipulações e aquela maldade fofoqueira que eu já tinha esquecido que existia. Me assustei, e vou confessar que tem sido difícil entrar em contato...

Isso tem me feito refletir sobre o quanto o poder feminino ainda está deslocado. O quanto ainda nos sujeitamos às necessidades do masculino , o quanto nossa vida ainda gira em torno deles... Mulher solteira na festa ainda é vista como ameaça, pasmem!! (eu pasmei)
Ainda estamos na era de "homens Sheiks com um harém de mulheres ao redor competindo por atenção". Até as casadas/comprometidas tratando umas às outras como rivais. Assustador pra quem vive no ideal da cooperação!
Ainda existem mulheres que, como disse uma amiga/irmã "assumem a posição de o meu deus é meu homem, e que competem com quem tem menos interesse nisso". Mulheres que se sentem ameaçadas por uma outra que chega sozinha na balada, na janta na casa da amiga, no cinema, e que SE SENTE BEM ASSIMMM. Ainda existem homens que alimentam esse tipo de competição, com comportamentos também competitivos ou relapsos, sem nem perceber que o fazem. Homens que podem até nem pensar assim conscientemente, mas AGEM na postura de "eu sou seu deus".... que também precisam curar o seu feminino interno.... Precisamos todos curar os nossos femininos!

Confesso que fiquei com vontade de raspar a cabeça, achar um templo budista que fique em lugar quente e me tornar monja.... rs.... mas acho que uma solução melhor seria mesmo caminhar no AMOR com mulheres e homens....



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