segunda-feira, 25 de novembro de 2013

:P


Então... vou responder por aqui uma pergunta que venho escutando muito nos últimos tempos...

É, sim, estou gorda. Bem acima do 'meu' peso. E, SIM também, me acho bonita mesmo assim! Desculpem se isso incomoda tanto. Na verdade meu peso como está agora também me incomoda. Incomoda não entrar naquele vestido que eu adoro, ou na minha calça jeans rasgada de estimação. Me incomoda sentir minha barriga quando amarro o tênis.

Mas o que eu quero não é simplesmente ficar magra... não é comer pouco, suar muito e emagrecer os 10 kg que estão a mais. Quero muito mais! Quero que não seja tão marginalizado quebrar as regras e ser feliz mesmo assim.

Inclusive com 10 kg a menos, eu ainda vou estar gorda no ponto de vista de alguns, e SIM, isso me é suficiente, porque eu acho gente muito magra feia! Pois é, isso existe: gente que acha gente muito magra feia.  Não quero ser longilínea! Nunca fui, não sou eu!

Quero parar de me agoniar com minha barriga toda vez que abaixo, quero parar de ter dor nas costas, quero ter mais fôlego. Mas gosto das minhas curvas. #prontofalei!

TODAS as vezes que eu tomei corticóide por um período muito grande, eu engordei. Além do que me é confortável. O que explica, mas não justifica. O que justifica é que eu NÃO ME IMPORTO TANTO ASSIM. Cara, parece que estou falando palavrão cada vez que digo isso... Me incomodam as limitações que isso traz, a moda que é feita só pras magras (eu já não tenho paciência pra compras, só piora, né...), me incomoda saber que meu peso é derivado de eu não estar saudável, me incomoda eu me sentir inchada. E me incomodam quarentões não tão em boa forma assim que acham que o 'certo' é toda mulher ser magérrima. Mas o espelho não me aborrece tanto assim!!

Não que só existam essas tais gentes que se conformam com o modelo padrão, assinam embaixo e ajudam a perpetuar (e nem vou me aprofundar nisso, porque com raiva é capaz do meu trator passar por cima de uns muitos)... Graças às estrelas, meu mundo é feito de gente que também sabe olhar além das fórmas (de redonda ou quadrada) e das fôrmas (de fazer bolos ou mentes estreitas).




E me desculpe quem não tem nada a ver com isso... acontece que sou paciente, mas também canso!



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domingo, 24 de novembro de 2013

Terapias



"As terapias transmitem técnicas empíricas que nos permitem criar nossos próprios circuitos de feedback (realimentação) e começar a nos curar a nós mesmos (...). A cura não é realizada por uma outra pessoa a nosso favor, mas antes é a recuperação da harmonia graças ao nosso próprio esforço.
Os sintomas são, essencialmente, uma forma de comunicação do corpo com uma mente que não quer responder.
O organismo como um todo padecerá e o binômio corpo- mente, incapaz de extravasar o desequilíbrio emocional pelas vias apropriadas, encontrará no organismo algum lugar recôndito onde possa se expressar.
Quando os desequilíbrios não encontram expressão em suas sedes naturais, criam problemas em outro lugar, provocando consequentemente a emergência de novos sintomas que não passam de formas antinaturais de expressão."
(in: A astrologia e a arte de curar, A.T. Mann)


A função de um terapeuta é facilitar a compreensão de uma situação ou de um modo de ser... é ajudar a visão de um caminho diferente do que aquele seguido por hábito, que não nos leva onde queremos chegar, mas que justamente por estar no automático não percebemos. Algumas vezes é simplesmente servir de legenda, traduzindo o que a própria pessoa acabou de falar, com outras palavras, para que  q ela mesma se escute e entenda mais claramente o que está dizendo e as consequências que pensar/agir/ser assim traz.

As terapias também ensinam técnicas práticas, dão acesso à ferramentas novas, ainda não utilizadas por aquela pessoa, mas que na experimentação anterior provou facilitar entendimentos, realimenta e permite que comecemos a auto cura. O empenho e comprometimento em mudar os caminhos são de cada um..

O caminhar é mais leve quando facilitado.



foto by Rosa Brunoro

Sumida e renascida.




“A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida, que eu já tô ficando craque em ressurreição. Bobeou eu tô morrendo - Na minha extrema pulsão, na minha extrema-unção, na minha extrema menção de acordar viva todo dia. Há dores que sinceramente eu não resolvo, sinceramente sucumbo. Há nós que não dissolvo e me torno moribundo de doer daquele corte, do haver sangramento e forte, que vem no mesmo malote das coisas queridas. Vem dentro dos amores, dentro das perdas de coisas antes possuídas, dentro das alegrias havidas. Há porradas que não tem saída, há um monte de "não era isso que eu queria"... Hoje, praticamente, eu morro quando quero: às vezes só porque não foi um bom desfecho ou porque eu não concordo, ou uma bela puxada no tapete, ou porque eu mesma me enrolo... Não dá outra: tiro o chinelo... E dou uma morrida! Não atendo telefone, campainha... Fico aí camisolenta em estado de éter, nem zangada, nem histérica, nem puta da vida! Tô nocauteada, tô morrida! Morte cotidiana é boa porque além de ser uma pausa não tem aquela ansiedade para entrar em cena. É uma espécie de venda, uma espécie de encomenda que a gente faz pra ter depois ter um produto com maior resistência onde a gente se recolhe (e quem não assume nega) e fica feito a justiça: cega... Depois acorda bela, corta os cabelos, muda a maquiagem, reinventa modelos, reencontra os amigos que fazem a velha e merecida pergunta ao teu eu: "Onde cê tava? Tava sumida, morreu?" E a gente com aquela cara de fantasma moderno, de expersona falida: - Não, tava só deprimida.’
(Elisa Lucinda)



Me perguntaram se eu já estive em uma relação duradoura... E eu respondo: Bom, depende do que você interpreta como duradoura, né?

Fui casada durante 7 anos... isso é tempo suficiente? Sinceramente, depende. Foi tempo suficiente pra eu morrer um tanto de vezes, morrer tanto que nem achava que viveria novamente. Foi tempo suficiente pra eu me perder de mim, tentar me achar, fazer terapia de casal e resolver que só separando mesmo pra me encontrar de novo... Foi tempo suficiente pra gerar duas vidas totalmente especiais e que fosse só por isso, já teria valido a pena... (tá, eu sei que é brega, mas é real!!hehe). Tempo suficiente pra querer renascer. Mas não foi tempo suficiente pra eu entender o que era me comprometer realmente com um relacionamento.

Um ano depois da separação, encontrei uma conhecida em uma festa... ela não me reconheceu de primeira, quando percebeu que era eu, arregalou os olhos e me perguntou o que tinha acontecido... "Você está apaixonada, né? Só uma paixão para mudar uma pessoa assim desse tanto", ela disse. Eu respondi, "Estou! Por mim mesma!"

Na verdade  a relação mais duradoura que tive foi com as várias de mim... Começou lá pelos 16 anos quando realmente resolvi me conhecer e continua durando...E olha que não é fácil me seguir nos altos e baixos! Mas na busca de quem sou eu, acabo me reencontrando a cada esquina, renascida. E posso voltar a me apaixonar...por mim!


 
 
"Depois que uma mulher descobre que é capaz de sobreviver mesmo quando está morrendo de amor, ela aprende a não ter mais medo de dizer adeus pra quem não merece ficar."
 
 
 
 
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sábado, 23 de novembro de 2013

Abandono gera agressão, carinho gera segurança



http://www.ccreativeimage.com/a-evolucao-de-um-cao-abandonado-para-um-cao-amado/



Se tem uma coisa que eu vejo como tremendamente inútil é o distanciamento. Sabe aquela pessoa que a cada vez que escuta algo que não gosta, ou encontra alguma avaliação divergente simplesmente se afasta?
 Pois é, essas mesmo.
Abandona o caso.
Será que alguém realmente acha que vai resolver um problema se distanciando dele?
Não que repetidas DRs, daquelas que não acabam nunca sirvam pra algo também... Mas fingir que o problema não está lá é pior ainda, não é?
Minha sincera opinião: Abandono gera agressão.



foto by Thais Feminella, fotógrafa mirim nada distante!

 
 
 
 
 
 
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Verdades (?)


Esses dias postei no meu face uma frase que provocou um rebuliço...

"Pessoas que sempre dizem a verdade, sem se importar o quão doloroso é, são idiotas. Ponto final."

SEMPRE.... SEM SE IMPORTAR....

Quando eu postei a frase na verdade estava me lembrando de duas situações... uma minha, que às vezes tenho ataques de sinceridade agressiva , que são verdades que não levam a lugar nenhum... e uma situação em que tive um desses casinhos sem importância, que a gente sabe que não vai em frente mas topa pra se divertir um pouco e acabei aprendendo um tanto, pois o cara vivia dizendo 'nunca fui tão sincero com alguém quanto sou contigo' e usava esse discurso pra justificar uma série de verdades barbaridades... 

Em ambas as situações as 'verdades' não servem como estradas do bem viver, e sim como vias de agressividade ou pra rebaixar quem está perto e se sentir melhor (mais) com isso...

Pessoas concordaram com a frase, pessoas disseram que os super sinceros são um problema social, pessoas discordaram veementemente, dizendo que fora da verdade tudo é ilusão e que falsidade é que é um problema social... e que não falar verdades é como usar máscaras...

Mas no fim, todos concordaram que COMO falar a verdade é a solução...

E eu fiquei refletindo sobre a diversidade humana.... :)






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Círculos viciosos






Será que coisas desse tipo podem ser consideradas como 'sinais'?

Um ato falho... Um número discado por engano, e tudo recomeça... As lembranças invadem...

Mesmo que eu não tenha nada mais a dizer, talvez você precise escutar... Ou não, o caso serve somente para revirar as coisas internamente e aprender algo que ainda não vi.... é, talvez...

A melhor conduta, aquela que reproduz a impecabilidade é a sinceridade interna. Não se enganar, não colocar para baixo do tapete, e não exigir que o outro faça aquilo que você faria, ou o que quer que o outro faça.  Tipo, 'ok, te entendo, vai lá resolver então, mas pra mim isso não é bom, então vou me afastar'. 
Porém a facilidade de sedução mútua, e a saudade muita faz com que o caminho da impecabilidade não seja o escolhido...

Yang que sou, não consegui me manter na não ação, enquanto deveria ter sido só reflexão...

Existe um tipo de vitimização que não é óbvio e que faz tanto mal! Mais ou menos assim:

Vítima gera dependência (como se pode ser seguro se está dependente de alguém?), que gera a projeção da responsabilidade na outra pessoa (como por exemplo 'a pessoa certa para me fazer feliz, ou 'ela/ele mudou minha vida), o que por sua vez gera frustração (por não conhecer o próprio potencial de adaptabilidade à vida) e afastamento.

Procura-se na outra pessoa o que deveria estar procurando internamente.

E o contraponto do círculo vicioso em parceria com esse comportamento, é o aquecido funcional, que tenta ajudar por medo de perder. Não aceitando o comportamento alheio porque me deixaria de fora. E assim também contribuindo para a repetição, procurando no outro o que deveria estar procurando internamente.

O bom dos círculos viciosos intensos é que chega uma hora que a dor fica maior que a sedução e a saudade.

E a boa notícia é que dá pra sair disso!

De uma vez por todas e definitivamente.



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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Começando o fim do ano...



"OS PRESENTES TÊM ALMA. NA CULTURA MAORI DIZEM QUE ALÉM DELES CONTEREM O MANA, ESSÊNCIA ESPIRITUAL DE QUEM DÁ, TAMBÉM CONTÊM O HAU, O ESPIRITO DO OBJETO OFERECIDO."
 
 
 
"Tudo o que acontece no planeta é gravado dentro da Terra, e um dos grandes poderes que a Terra dá é o de lembrar e salvar nosso potencial, aquele que nos permite concretizar nossas ações em resultados, em todas as áreas da vida..."
 
 
(Condor Blanco)



foto by Thais Feminella (8 anos)




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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Lendas de família



Minha avó tem 88 anos (ou algo parecido). Nesses últimos 25 anos, desde que ela teve o primeiro infarto, várias vezes já pensamos: 'ai, dessa vez ela vai'.
Mas não, a velhinha continua se aguentando bem, entre pontes de safena, pressão alta, viuvez e mais uma lista enorme de coisas...

Uns 12 anos atrás até ela pensou que tinha chegado a sua vez... Nos chamou todos, filhos, noras, genros, netos, netas com os respectivos cônjuges. Um por um. Como a família é grande foi uma romaria... e ninguém queria ser o último, porque vai que depois de terminar de conversar com o derradeiro ela resolve se ir de vez, né? Mas a senhorinha continuou firme, contrariando todas as probabilidades.

Não lembro mais se escutei da boca dela mesma, ou se isso já virou lenda de família e ouvi de algum outro parente, mas parece que o segredo da vovó é o ovo. Ela é cristã protestante, e acredita em céu e inferno.

Vejam bem, minha avó é daquelas descendentes de açoriano de um metro e meio, mas desde que se casou muito nova com meu avó, vive as tradições alemãs da família dele. Ele era daqueles alemães 4X4 de 130kg. Fartura de comida na mesa, quibe cru, muita fritura, muito tempero, cuca de banana e tal e coisa. E creio que minha vó gostou dessa brincadeira... Diz ela que sempre que se sentia muuuito mal, ela pensava que no céu não tinha ovo frito. E ficava pensando no ovo frito. E se dizia que antes de morrer tinha que comer ainda seu último ovo.

Não sei se quando voltava do hospital ela comia o tal último, mas desconfio seriamente que não! Assim, ela não acabaria com a desculpa que a mantém viva até hoje, certo?
... Será que é sério? Não sei, mas sempre que fico com vontade de comer ovo frito, eu lembro dessa história.... e passo longe da cozinha! rs



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