domingo, 11 de agosto de 2013

Pontes




Essa semana escutei uma história que achei bemmmm bonitinha...

Depois dos meus últimos dois desastrados relacionamentos (um com um cara legal, mas mega ciumento -socooorro!- e outro com outro cara legal, com uma super afinidade mental e química nenhuma), andei meio cabreira e mais recolhida, pesando bem o diabo do trabalho que dá ter alguém para partilhar a vida contra o que de bom pode trazer.
Mas andaram me 'mandando' abrir o coração porque já estava na hora (função de terapeuta é ser metido mesmo, né... afff... rs), e tomei fôlego pra sair do seguro esconderijo embaixo da minha cama... :p
Uma das 'saídas' que eu achei para olhar um relacionamento como convidativo (em tese... rs) é ter a proposta de me comprometer, mas continuar cada um morando na sua casa. Assim, ad infinitum... Acho a proposta genial e não vejo problema nenhum nisso... afinal, por que temos que nos conformar em continuar com a forma tradicional de relacionamentos mesmo???
Minhas amigas, em sua grande maioria, acham a ideia o ó do borogodó, e até minha terapeuta (não o mesmo que me mandou sair de debaixo da cama, outra... tenho três...) dá uma zoadinha quando eu falo nisso.
Mas então, escutei essa historinha bonitinha...
Uma amiga foi fazer um curso com uma escritora/terapeuta, e no curso essa pessoa disse que mora assim com o marido... um em cada casa. Vizinhos, construíram uma ponte entre a varanda da casa dele e a varanda da casa dela.
Aparentemente dá certo... E olha só todo o simbolismo muito legal que isso tem.... cada um preservando seu espaço individual, sem se perder no relacionamento, mas vizinhando e construindo pontes entre si... Minha opinião? Bem melhor que morar na mesma casa e construir muros entre os dois... Os espaços-tempos compartilhados são escolhas de fato e fica bem mais difícil cair no lugar comum da rotina...
Me senti tãoooo compreendida quando soube dessa situação...

De qualquer forma a conclusão que eu chego é que pra estar junto, de uma forma ou de outra tem que amar muuuito mesmo...Amor sentido e amor vivido... Mas se a proposta é essa, bóra se fazer de fênix e ver se está mesmo na hora... E se amar  é mesmo decisão e capacidade, metade já foi...


 
Texto e foto Samanta Hilbert





"A maioria das pessoas acha que o amor nasce pronto, que é um presente do céu, um lampejo da alma, uma inspiração dos deuses, e cruzam os dedos para que "dê certo". Depois da mágica troca de olhares, do arrepio pelo corpo, do êxtase dos primeiros toques, as coisas podem mudar de figura, quando se deparam com a outra etapa que é Viver o Amor. Entre Sentir Amor e Viver um Amor tem uma distancia enorme. Para viver e permanecer amando seu par, é preciso que o aceite, que o valorize, que o respeite, que dê-lhe afeto e ternura, admire-o e compreenda-o. E que sinta a reciprocidade nos cuidados. Amar é uma capacidade e uma decisão, não só um sentimento."
 Aglair Grein -psicanalista




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