sexta-feira, 12 de julho de 2013

Reflexões pré niver..







Próximo domingo farei 43 anos...
E dando uma olhada num mini-retrospecto da minha vida (xi além de brega sou previsível.. rs), percebo que algumas escolhas foram especialmente importantes...

Se eu disser que até alguns meses (talvez até semanas) atrás eu encarava meu papel de mãe como muuuito difícil, alguém fica surpreso?
Pois era assim... Me senti muitas vezes presa, ou perdida, ou cansada e até péssima... Mas desse longíiiinquo tempo pra cá prestei mais atenção ao feedbeck que as pessoas me davam sobre esse assunto, e comecei a refletir de verdade... Pessoas que leem meus textos (mais os 'mini cenas'), ou que veem as crianças (que já não são mais tão crianças) comigo. Comentários como "nossa, mas que mãe linda que consegues ser, eu não sei se conseguiria ser assim", ou "como inseres teus filhos em tudo na tua vida, né?" e "dá pra ver como és apaixonada pelos teus filhos"... Afinal, nasci canceriana, é pra eu ter uma certa facilidade com isso, certo? Também me ajudou perceber que existem diferentes tipos de maternidades. Muitas mulheres se imaginaram de um jeito (não só nisso) e só conseguem ser muito diferente do que imaginaram... Acho que isso se chama expectativa...

Não me preparei para ser mãe. Aliás, antes de ser mãe sempre pensei em não ter filhos. E diz a lenda que era isso que estava programado pra essa minha vida atual mesmo. Mas em determinado momento as coisas aconteceram de forma diferente e acolhi Ziba, que era pra ser meu irmão e Tita, que era pra ser somente filha do pai... O engraçado é que Tita sempre me pergunta sobre facilidades e dificuldades de ser mãe, e se gosto de ser...

Algumas pessoas chamam isso de desvio de caminho... De adiamento...
No IIPC (Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia) onde voluntariei por um tempo, existe um estudo que diz que pra ter filhos, os adultos 'param' em média 10 anos de sua vida, que usam com energia voltada para eles.

Acho que essa era a ideia, derivada de talvez uma sensação inconsciente que ficava pairando em mim. Sacrifício, TER que ser uma boa mãe sem ter vocação para isso, a voz da minha mãe não concordando com o tipo de mãe que eu sou... E me debatia, me torturava mentalmente e fisicamente...Mas mesmo que realmente a vida mude muito por ter filhos nela (e só quem tem sabe o quanto... Já dizia o poeta "como sabe-los se não tê-los?") pra mim valeu. Não foi sacrifício, foi escolha, e foi sábia...

O que me dei conta nesses últimos tempos, é que realmente sou uma pessoa melhor por ter sido mãe. Quando engravidei, estava meio perdida de caminho. Não sei como teria sido se não os tivesse tido, mas meus filhos me deram muito mais garra e força pra viver minha própria vida... Na verdade, com todos os problemas de saúde que tenho, não sei se teria sobrevivido (literalmente) sem eles.

Percebi que tenho realmente prazer na cia deles, que são inteligentes, amorosos e lindos. Tenho orgulho do trabalho que fiz com eles. Tenho orgulho da mãe que sou...



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2 comentários:

  1. sá, genial! apesar de estar longe de eu ter filhos (eu acho hehe), algo que eu penso muito é nessa "pausa" da vida direcionada só aos filhos, e como isso pode ser controverso, pra nós e pros outros, que vão ver nossa atitude como mães. achei muito legal falares que tua mudança de visão sobre ti mesma como mãe foi uma reação de um feedback que quem tava de fora. esse negócio de auto-imagem é uma dor e uma delícia, não é? é algo que tá sempre na minha cabeça tbm. beijão, continua assim :)

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    1. Sabe Maria, tem alguns textos que gosto, que acho que saem bons, e tem outros que fico com vergonha... Esses últimos publico sem reler, e não penso muito a respeito pra me impedir de deletá-los... Não deleto por fidelidade a um exercício de exposição que me propus. Geralmente desses textos (grupo ao qual pertence esse acima) 'vergonhosos' vêm aprendizado, comentários como os que tu escreveu...
      Muito obrigada pelas tuas palavras!

      bjão!!

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