segunda-feira, 1 de julho de 2013

O AMOR (OU NÃO) NOS TEMPOS DA INTERNET -parte 4 de 6


texto by Samanta Hilbert, com contribuição de Paulo Nunes





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...................................aprofundando..............................


Ele:

"Errando mais do que acertando,
aprendendo mais do que ensinando,
vou vivendo mais do que sonhando.
Nem sempre tendo certeza,
mas, sempre acreditando,
vou levando a vida
com a alma limpa e o coração puro."


Adorei você. Só não consigo digerir o que estou sentindo. Meu lado "amante" só consegue degustar o que está na minha boca. Veio tudo ao mesmo tempo… como a colheita que chega quando plantamos as sementes que vicejam. Cheguei a pensar em te fazer uma proposta indecente, mas achei melhor ser sempre sincero. Mesmo me sentindo um otário. Mesmo me sentindo o cara que chega tarde. Mas vivendo em paz.

Estou num contexto. Quero continuar morando aqui. Quero viver o possível. E sei que as escolhas vêm sempre acompanhadas das renúncias. Quem diria, eu fiquei velho!

E de todas as coisas boas que a idade nos traz, a melhor são as certezas que aprendemos a reconhecer. Uma delas é a de que não existe conquista sem a sua contrapartida, a sedução. É como se fossem os dois lados de uma mesma moeda. Uma não pode existir sem a outra. Outra certeza é o fato de que nada pode ser bom apenas para alguém. Isso não é coisa entre duas pessoas. Portanto, depois de um tempo não faz mais sentido perguntar "foi bom pra você", porque se não foi bom pra você, não vai ser bom pra ninguém.

Eu adorei o nosso piquenique, e não acho que tenha sido apenas uma praia à noite. Foi um longo caminho até aí. E como todos os passos que nos levam a novos caminhos, sempre desconhecidos, cá estou, com minhas escolhas, de novo diante do desconhecido, eu e minhas dúvidas. Mas uma coisa de que eu tenho absoluta convicção é que não quero deixar de fazer parte da sua vida e que você faça parte da minha, da maneira que você considerar melhor. Pode ser?



Ela:

 Eu estou meio confusa com o que você tem me dito... Você diz que não quer ficar com alguém que não more na sua cidade, mesmo que seja perto... E diz que me quer na sua vida.
Não acho que nesse momento caberia sermos amigos, e não quero um amor difuso. Ou seja, gosto de você, mas não gosto de nada dessa situação.
E tem mais...

Se você  quer saber, todo meu lado "guerreira" me diz que tenho uma boa chance de "ganhar" essa, com a estratégia certa. E é tudo que não quero. (sendo mais sincera do que deveria ser). Não quero seduzir ninguém.

Tudo o que eu quero é alguém que queira estar comigo tanto quanto eu queira estar com ele, e ver no que vai dar. Só viver, sem roteiro pré-estabelecido. Sem pressão. Sem calcular passos. Podendo ser "verdades". Acho que eu quero mais do que o possível. Quero o improvável que acontece. Sabe? A chuva que não cai, mesmo trovejando aquilo tudo? A pessoa que é melhor do que se esperou?

E (isso você já sabe) tentaria  na booooa... rs. Mas sua escolha é outra, e eu ficar por perto te cutucando não acho que vá contribuir pra você estar inteiro onde quer que você queira estar.
Então minha resposta é não (primeiro não que te digo?). Não pode ser. Não vou ficar por perto. Vou deixar você tentar de verdade a sua verdade. E vou fazer de verdade o que me propus. Acho que é assim que se é gente.


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Sobre amores difusos, sugiro a leitura da coluna de Ivan Martins:

http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ivan-martins/noticia/2013/01/os-amores-difusos.html

2 comentários:

  1. O amor é um efêmero encontro entre eternos desencontrados.
    GK

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    Respostas
    1. ...ou é um eterno reencontro com o efêmero que somos... né?

      Adorei a visita e o comentário, volte sempre!! =)

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