De repente. Num dia eu olhava no espelho e via somente alguns cabelos brancos, e na sequência, quando prestei novamente atenção... rugas... bochechas de buldogue... e muito mais do que isso: uma diferença no olhar.
Não sei quem essa pessoa é ao certo.
Trabalha mais. Dá importância a coisas diferentes. É mais centrada e menos divertida. Tem menos paciência com imaturidades no geral e bem menos paciência com imaturidades afetivas masculinas no específico.
O olhar do espelho às vezes parece ter 100 anos de idade... e às vezes é simplesmente totalmente diferente. E novo. Mas ainda não o conheço suficiente para saber quantos anos tem, esse novo.
Ando meio cansada, meio atrapalhada, meio raivosa, meio agradecida. Mas ando, apesar de confusa, bem lúcida. É possível isso, estar lúcida e confusa junto? Paradoxo? Será?
Acho que estou morrendo.
E renascendo.
foto by Claudia Tommasi
Nenhum comentário:
Postar um comentário