terça-feira, 15 de abril de 2014

..no meio...



"À medida que envelheço, naturalmente fico resolvido em relação a isso. Você abre a geladeira e pode preparar uma boa - na verdade, até uma deliciosa - refeição com as sobras. Tudo que resta ali são uma maçã, uma cebola, queijo e ovos, mas não dá para se queixar. Precisa se virar com o que tem. À medida que envelhece você aprende até mesmo a ser feliz com o que tem. Essa é uma das poucas vantagens de envelhecer."
(Haruki Murakami)

Tenho uma amiga (o meu guru/astrólogo/amigo/professor/cliente* Sandesh chamaria ela de 'família', com sotaque à lá Don Corleone... rs) que chamou essa habilidade de ser feliz com o que se tem de conformismo... Eu acho que está mais para sabedoria...
Ao menos ela pareceu pra mim, que não a via há uns anos, mais feliz do que já a havia visto antes...

Sempre briguei com a ideia de que o equilíbrio emocional passava por não se emocionar. Nunca me pareceu certo o pensamento de não se poder ser escandalosamente feliz porque o contraponto que viria na sequência seria exatamente o oposto... absurdamente infeliz. Apesar disso dar certo no gráfico, um mundo emocional em linha reta não me parece equilibrado, e sim morto, ou reprimido...
Me parece que os picos de felicidade ajudam, mesmo que sejam seguidos de outros de infelicidade... Mas também não acredito que um puxe necessariamente o outro...

De qualquer forma, entre um pensamento e outro, há sim, um meio termo.. Se a gente aprende a ser feliz com o que tem, mesmo que seja um exercício diário, a gente aprende também a não cair tanto, mesmo que a vida não esteja mega bacana naquele momento. E, se a gente já experimentou a felicidade escandalosa, é mais fácil da gente recriar esses momentos, certo?

...Pra mim faz sentido...

 
 
 
 
 
 
 
*Pois é... esse tudo-junto-e-misturado é uma tendência na minha vida, não só no blog... hehehe 

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