terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Famílias Modernas






Esses dias meu filho contou que ao participar de uma festa de Natal de fim de ano da empresa do pai, uma das moças perguntou a ele de quem era filho. Quando ele respondeu 'de fulano', ela imediatamente retrucou 'ah, mas é bem parecido mesmo com tua mãe', referindo-se à madrasta e recém nova esposa do meu ex-marido...

Esta deve ser uma situação bem comum hoje em dia. No meu filho gerou um certo desconforto, mas imagino que em alguns casos possa gerar alegria, ou pelo menos boas risadas...

Sei de famílias que conseguem conviver e se frequentam em relativa harmonia, os ex com os respectivos atuais, tudo junto e misturado e muito civilizado, porém ainda são raros... Mas com o aumento contínuo de casais que se separam e casam novamente, com certeza a noção de família está mudando, e é bom que aconteça, que se formem novos hábitos. Aquele padrãozinho de sentir ciúme da ex ou competir com as crianças do casamento anterior é uma coisinha ultrapassada, né? Mas parece ainda estar na moda...
A gente já devia combinar isso com o atual... algo tipo 'ó, se a gente se separar vamos continuar amigos, certo?!'. E parar com essa baboseira de separou tem que ser inimigo, tem que parar de falar, tem que manter distância.

Não que separação deva ser o ideal de vida de quem está casando. Eu mesma sinto até um orgulho e certo bem-estar alheio quando encontro alguém casado há mais de 15 anos. É bonito que isso também persista, e que bom que existam pessoas que conseguem cuidar do relacionamento suficiente para que ele não morra...

Mas eu fico imaginando o quanto seria legal essa nova família ideal. Super evoluída, com todos se dando bem (ou pelo menos se respeitando). Reunindo-se para passar o Natal juntos, ou marcando um jantar para conversar sobre as crianças. Ninguém se sentindo ameaçado. Ninguém se sentindo inseguro. Ou magoado. Ninguém precisando competir por atenção ou energia...

... êêêê mundo ideal dos meus sonhos...  Mas se o que hoje é realidade um dia já foi sonhado, deixa eu sonhar, né...




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2 comentários:

  1. Na maioria das vezes, com raras exceções, um dos dois sai magoado. É preciso muita espiritualidade para seguir o curso feliz de sua vida e desejando o mesmo para o outro - sem que se amaldiçoe até a quinta geração do mesmo ou se tente transformar a "derrota" em vitória de forma desenfreada.

    Se tornar o melhor dos amigos - pois se compartilhou momentos restritos à uma amizade convencional - seria saudável para o recomeço de corações e mentes.

    Oxalá, guria, pausa na digitação para cruzar os dedinhos por aqui! Bjssss e ótima tarde.

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    1. Creio que o ser humano ainda não é treinado pra ser feliz, Zahir... Mesmo quando não existe competição, inventa até que tenha... É preciso muita maturidade pra não culpar o outro, e se responsabilizar pela própria vida... Mas cruzo os dedinhos junto contigo! Oxalá...

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