domingo, 24 de junho de 2012

Feminino na UTI

Após um comentário em uma conversa com um novo possível amigo (é eu continuo gostando das pessoas rápido demais...e não pretendo mudar) ter me jogado em lembranças com conteúdo não só antigo (e aliás bem atual), fiquei aqui a pensar quais as partes do meu mundo feminino ainda precisam de cura... Creio que a lembrança que mais bateu profundo traduz uma parte minha que ainda precisa não só de cura, como de UTI...




Lembranças...

Pela primeira vez desde que casamos, foi ele quem me chamou a conversar...

Choramos muito... Ele havia escrito uma carta para mim, e a leu. Uma carta linda, de comprometimento consigo mesmo e com nosso casamento. Leu chorando. Leu com vontade de acertar. Me pediu um abraço e eu não dei. Fiquei dura no sofá achando aquela cena incrível, como se estivesse vendo tudo através de uma bolha.Um tempinho depois a bolha se desfez e consegui ser real novamente... Agora tudo está mais limpo.

Uma de nossas resoluções (resoluções não de "Ano Novo", mas de "casamento novo"), é a de ficarmos muito atentos para para ver o que afinal acontece e nos deixa tão infelizes. É realmente claro que éramos mais bonitos e felizes há apenas um ano atrás... Como é difícil viver em casal. Ser FELIZ em casal...

Hoje, apesar de termos feito as pazes de uma maneira verdadeira, estou com uma sensação ruim no peito. Um aperto, algo que não sei definir. Talvez uma volta à rotina que eu não goste, não sei... Estou me sentindo estagnada e amarrada (amordaçada não, que aí também já não haveria salvação...)

Não consigo vencer a preguiça. Não consigo enxergar quais os meus passos que me tirariam desse círculo vicioso, onde eu sou o que consigo ser de pior com ele, e ele consegue ser o que é de pior comigo.

Onde eu me perco do meu "ousar"?  Onde eu me perco da minha capacidade de sentir? Onde as coisas ruins passam a ser normais?

Onde eu me convenço que isso vale a pena?

Como eu faço para resgatar a confiança em relacionamentos?

Me sinto um rato que não sabe se vale mais a pena correr até o queijo e morrer rápido na boca do gato,ou se enfiar cada vez mais profundo no buraco e morrer de fome...

2 comentários:

  1. A morte na boca do gato é mais gloriosa e divertida, só posso dizer isso =]

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    1. Bom... na época dessa lembrança, minha opção foi mudar para uma casa sem gatos... rsrs... Hoje em dia estou mais pra fazer amizade com o dito cujo, levá-lo no papo e talvez convecê-lo que faço uma torta de maçã muuuuito melhor que qquer rato... ;)

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