sexta-feira, 4 de setembro de 2015

de Clarissa Pinkola Estes...







"A mulher deve escolher seus amigos e companheiros com prudência, (...). No caso dos companheiros, costumamos investi-los com o poder de
um grande mago — de um ...mágico fantástico. É fácil que isso aconteça, pois, se realmente conquistamos a intimidade, é como se estivéssemos abrindo um ateliê de cristal, um lugar mágico, ou pelo menos é o que nos parece. Um companheiro pode gerar e/ou destruir até mesmo nossos vínculos mais duradouros com nossos próprios ciclos e ideias. O companheiro destrutivo deve ser evitado. Um tipo melhor de
companheiro é o que é finamente elaborado de uma grande força psíquica e carne macia. Para a Mulher Selvagem, também ajuda se o companheiro for um pouco ligado ao psíquico, uma pessoa que possa "enxergar no fundo" do seu coração.
Quando a Mulher Selvagem tem uma ideia, o amigo ou companheiro jamais dirá "Bem, não sei... me parece mesmo bobo (pretensioso, inexequível, dispendioso,etc.)". Um amigo de verdade nunca diria essas palavras. Eles poderiam se expressar de outro modo... "Acho que não entendi. Diga-me como você visualiza a idéia. Digame como vai funcionar".
Ter um companheiro/amigo que a considere como uma criatura viva em
crescimento, tanto quanto uma árvore cresce a partir do chão, uma planta ornamental dentro de casa ou um roseiral no quintal... ter um companheiro e amigos que a considerem um verdadeiro ser que vive e respira, que é humano mas também composto de elementos delicados, úmidos e mágicos... um companheiro e amigos que apóiem a criatura que existe em você... são essas as pessoas por quem você está
procurando. Elas serão amigas da sua alma pela vida afora. A escolha criteriosa de amigos e companheiros, para não falar nos mestres, é de importância crítica para continuar consciente, para continuar intuitiva, para manter o controle sobre a luz incandescente que vê e sabe.

A forma de manter o nosso vínculo com o lado selvagem consiste em nos
perguntarmos exatamente o que desejamos.
Essa pergunta é a que separa a semente do estrume. Uma das discriminações mais importantes que podemos fazer nesse sentido é a da diferença entre o que acena para nós de fora e o que chama de dentro da nossa alma."

 Mulheres que correm com os lobos - CLARISSA PINKOLA ESTES


.

Nenhum comentário:

Postar um comentário