sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Amor de pai



Uma das coisas que eu amo fazer é ler... Nessas férias 'de verdade' que me dei, meu tempo anda dividido entre, nos dias de sol ir para a praia e para esse marzão que anda esplêndido, e nos dias de chuva, ir para cama com um dos livros da minha lista. Tem funcionado! Ando bem feliz...

Então, eu estava lendo sobre empatia, e enquanto lia, lembrava insistentemente de um episódio que escutei de uma amiga. Essa amiga é a irmã do meio de três irmãs (sim, todas mulheres) e perdeu o pai enquanto ainda eram todas jovens adultas.

Segundo ela um dia, já passada a dor maior da perda, estava conversando com a irmã mais velha sobre o pai e no meio da conversa aconteceu algo do tipo:

-...então, como eu era a filha preferida... - ela parou desconcertada. Ficou com medo de ter magoado a irmã, e continuou com cuidado -ai, desculpa, é que eu acho mesmo que eu era a filha preferida do pai...
Ao que a irmã respondeu, sem se abalar - Não tem problema - e refletindo sobre isso - Não tem problema, porque eu acho que a filha preferida era eu... - Pararam surpresas, olhando uma para a outra e delicadamente aprofundaram o assunto. Porque falar sobre o pai era bom, porque estavam curiosas sobre a visão uma da outra e principalmente porque se sentiam seguras e amadas. Não machucava falar sobre isso, ambas estavam convictas do quanto tinha sido próxima a ligação com ele.
Resolveram então perguntar para a irmã mais nova -Sabrina, estávamos aqui conversando sobre o pai -contaram- Eu acho que eu era a filha preferida, a Laís acha que a preferida era ela... Qual das duas você via que era a preferida?
Ao que Sabrina respondeu depois de alguns momentos -Olha gente, me desculpem, mas eu achava que a preferida era eu!

O que dizer de um pai que conseguiu fazer que cada uma de suas filhas se sentisse tão amada? No mínimo era um pai empático! E inteligente emocionalmente...
...E escutando histórias assim no meu dia a dia é claro que minha fé no ser humano só aumenta...





"Ser empático é um passo além de ser simpático e carismático. É ser um distribuidor espontâneo de sabedoria e da arte de surpreender. É ser um transferidor do capital das experiências, (...) Os empáticos recolhem as armas do pensamento. São lentos para condenar e rápidos para compreender. (...) Seu objetivo não é ganhar discussões, mas conquistar as pessoas"
in: As regras de ouro dos casais saudáveis, de Augusto Cury

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