sexta-feira, 9 de janeiro de 2015



“Amor permanente... como a gente se agarra nesta ilusão.
Pois se nem o amor pela gente mesmo resiste tanto tempo sem umas reavaliações. Por isso nos transformamos, temos sede de aprender, de nos melhorar, de deixar pra trás nossos imensuráveis erros, nossos achaques, nossos preconceitos.” (Martha Medeiros)


Tem gente que me acha chata. Que acha chata essa mania que eu tenho de questionar o tempo todo, e de me aprofundar o tempo todo...

Já escutei de namorado, que o meu problema é que eu sempre quero resolver, e que tem coisa que se deixa como está!
Até concordo..... realmente existem coisas que são como são, e às vezes eu extrapolo mesmo. Mas, deixar como está porque 'sempre foi assim', pra mim não dá. Como faz para se conformar desse jeito? Nem pensa que poderia ser melhor??

Eu não sou ingrata. Sou bem feliz com minha vida... Mas minha vida tem movimento o tempo todo...

E eu acredito mesmo que , para quem gosta de manter as coisas emocionais no superficial (que sem dúvida é mais fácil), eu deva ser um porre. Não que eu não goste de simplicidade... Minha vida prática é simples. Sou super adepta àquela proposta que diz 'que leve de mim tudo o que for desnecessário'. Meu carro é um carro 1000, e não tem nada automático, porque estraga menos. Minha casa é aconchegante mas simples. Confortável, mas sem luxo nenhum... eu acredito que simplificar, diminuir, consumir menos seja a solução...
Mas pensar... aprofundar... questionar... entender (não só com o cérebro, mas com o coração também), ahhh, isso faz parte do necessário essencial.

Eu não paro de querer evoluir. Não que eu consiga o tempo todo, mas não paro de me alimentar com novas possibilidades. Consequentemente também não paro de alimentar o amor.
Preciso, por escolha, de um parceiro que esteja disposto a alimentar também. A morte para mim é aquela pessoa que entra em uma rotina facilmente. Aquela que me liga todo dia para dar relatório do que fez e não fala do que sentiu, do que pensou, do que quis... fala sempre do café e nunca das entranhas...
Não entendo alguém que não quer melhorar, que não quer transformar...

Aquela pessoa que quando não está bem, faz outra coisa 'para se distrair', que amortece o que sente ou pensa, para não entrar em contato não faz nenhum sentido para mim. Assim, mas COMO é que vai resolver o que está incomodando, se não enfia a cara naquilo??
...rs... Na prática é claro que entendo, mas escolhas desse  tipo não movem nenhum pedaço de mim, não me dão vontade de mais

Meu amor por mim só resiste quando eu continuo me admirando... E eu admiro pessoas que se reinventam. Relações que não seguem o 'normal'. Pessoas que deitam na rede com uma cerva na mão, mas que estão em contato com o que são o tempo todo. Eu gosto do SER... não do ESTAR...
Se não cuida, amor morre mesmo... morre de rotina, de inanição, de míngua.

É... eu gosto de lucidez e de consciência. E de movimento. Interno.






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