sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Crescer...







Nunca gostei de ser criança. Sempre me deu nos nervos aquele monte de gente mandando em mim!Gostava sim de brincar,  e principalmente de boneca, mas não com bonecas tipo bebê e sim com Susis (a antecessora da Barbie) e com Ken (do Bob), onde ficava imaginando, através das bonecas a vida adulta que teria...rs 


As histórias antigas, aquelas que as mais velhas da família contavam nas festas de natal falando sobre mim pequenina dizem todas dessa pressa de crescer...

Contam que desde que aprendi a ler sozinha, quando eu chegava numa festa, ia direto onde guardavam livros e revistinhas (tipo Pato Donald, e mais tarde Turma da Mônica)... Eu pegava as revistinhas que não tinha lido, sentava no chão em um canto qualquer mais isolado, e enquanto não terminava de ler a pilha toda não ia brincar. Meus primos (tenho 19 deles!!) ficavam indignados... No começo iam um a um me cutucar, tentando me convencer a participar da brincadeira, e por vezes juntos, passavam naquela tropa correndo bem ao meu lado pra me mostrarem o quanto eu estava perdendo (e hoje em dia acho que perdia mesmo!!). Nem adiantava... Eu tenho uma concentração espantosa quando algo realmente me interessa... Simplesmente me isolo no meu mundo particular... Era meu mais delicioso prazer, imbatível!! E quase sempre saia dessas festas com um livro emprestado embaixo do braço... Aos 11 e 12 anos li livros que hoje em dia eu não teria paciência para ler...

Contam também , e entre outras histórias essa é uma das minhas preferidas, que aos dois anos de idade, quando meu pai foi fazer um curso no Rio de Janeiro, ficamos hospedados na casa da minha avó emprestada, Constância. Tenho fotos dessa época,eu era uma coisa rechonchuda, cheia de cachinhos loiros e minúcula... Bom, eu tenho 1,58m hoje em dia, imaginem aos dois anos! Affsss...
Dizem que na casa da vó Constância, tinha um corredor imenso e escuro, com o único banheiro localizado ao final dele. As filhas (mais velhas que minha mãe) morriam de medo desse corredor, e o vô Dimiro (engraçado... fica na minha lembrança como eu o chamava, não sei o nome dele... Devia ser Valdomiro...), era muito bravo com essas coisas de desperdício, então não se tinha permissão para que as luzes do corredor ficassem acesas direto, só se podia acendê-las quando de fato fossem usar o dito banheiro. E minha mãe fala que foi uma beleza essa época, porque as minhas tias emprestadas adoravam ficar comigo pra ela sair nas multi opções boêmias do Rio : eu não tinha medo do escuro. Então, quando elas queriam ir ao banheiro, me mandavam na frente. Lembro disso. Eu era tão pequena que tinha que ficar na pontinha dos pés pra alcançar o interruptor. Elas ficavam na ponta do corredor, espiando, e lá ia eu , passando, acendendo as luzes e me sentindo o máááximo! Super quase adulta! (risos)

Agora me digam... Como é que vou achar a minha criança interior que os terapeutas tanto falam se ela nunca existiu??? hãããã??? rsrsrs

Nenhum comentário:

Postar um comentário